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Executivos do Bradesco aceitaram esquema de fraude, diz MPF

"O banco foi abordado e aceitou participar do esquema criminoso", disse procurador responsável pelas investigações


	Bradesco: o caso envolve acusação de que o banco agiu para tentar se livrar de cobrança tributária de cerca de 3 bilhões de reais
 (Adriano Machado/Bloomberg News)

Bradesco: o caso envolve acusação de que o banco agiu para tentar se livrar de cobrança tributária de cerca de 3 bilhões de reais (Adriano Machado/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2016 às 17h46.

Brasília - O Ministério Público Federal do Distrito Federal denunciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais três diretores do banco em mais uma ação no âmbito da Operação Zelotes, que apura irregularidades junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O caso envolve acusação de que o banco tentou se livrar de cobrança tributária de cerca de 3 bilhões de reais, em um caso referente ao reconhecimento de direitos creditórios, mediante tentativa de interferência em julgamento de recurso no Carf.

"O banco foi abordado e aceitou participar do esquema criminoso", disse nesta quinta-feira o procurador da República Frederico Paiva, responsável pelas investigações.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10a Vara Federal do Distrito Federal, aceitou a denúncia contra Trabuco, que passou a ser réu na operação.

"O Bradesco reitera sua convicção de que nenhuma ilegalidade foi praticada por seus representantes e, em respeito ao rito processual, apresentará oportunamente seus argumentos ao Poder Judiciário", disse o banco em comunicado.

Ao todo, 10 pessoas foram denunciadas nesta quinta-feira, incluindo, além dos executivos do Bradesco, advogados, servidores públicos e intermediários.

"Temos provas muito robustas, troca de emails, que deixam de forma clara a venda da coisa pública", disse Paiva.

Questionado se o caso poderia envolver algum pedido de prisão preventiva, o procurador respondeu que, como os fatos investigados teriam ocorrido em 2014, esse tipo de pedido teria dificuldades para ser acolhido pelo Judiciário.

Sem citar nomes, o procurador Hebert Mesquita, que também trabalha na operação, disse que é possível que outras denúncias envolvendo instituições financeiras sejam feitas no curso das investigações.

Texto atualizado às 17h44

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