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Ex-prefeito de Mangaratiba é condenado por fraudes

Outras 42 pessoas foram condenadas no mesmo processo, com penas que vão desde a prestação de serviço até 45 anos de prisão


	Ilha em Mangaratiba, no Rio: conhecido como Evandro Capixaba, o ex-prefeito também foi condenado a pagar 340 salários mínimos de multa
 (Luizf.andrade/WikimediaCommons)

Ilha em Mangaratiba, no Rio: conhecido como Evandro Capixaba, o ex-prefeito também foi condenado a pagar 340 salários mínimos de multa (Luizf.andrade/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 14h26.

O ex-prefeito de Mangaratiba-RJ Evandro Bertino Jorge foi condenado ontem (15) a 52 anos de prisão em um esquema de fraudes em contratos que, segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desviou R$ 10 milhões da cidade da costa verde fluminense, entre março de 2011 e dezembro de 2013.

Outras 42 pessoas foram condenadas no mesmo processo, com penas que vão desde a prestação de serviço até 45 anos de prisão.

A decisão foi do 2º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Conhecido como Evandro Capixaba, ele também foi condenado a pagar 340 salários mínimos de multa (cerca de R$ 300 mil) e terá que cumprir o início da pena em regime fechado.

O réu foi julgado culpado pelos crimes de formação de quadrilha, uso de documento falso, coação no curso do processo e crimes da Lei de Licitações.

O ex-prefeito Evandro Capixaba e dois ex-secretários, Roberto Pinto e Sidney Ferreira, já estão detidos desde abril de 2015, e mais 11 mandados de prisão foram emitidos pelo TJ com a decisão de ontem.

Também foi condenado no processo o empresário Alberto Ahmed, dono do jornal O Povo do Rio, que imprimia edições falsas com editais de licitações para fornecimento de serviços e materiais para a prefeitura, segundo a acusação.

O empresário foi condenado a 17 anos de prisão, com pagamento de multa de 800 salários mínimos (cerca de R$ 700 mil).

A pena de 17 anos também foi fixada para o ex-secretário de comunicação social Roberto Pinto dos Santos, que terá que pagar multa de 160 salários mínimos (cerca de R$ 140 mil).

O então procurador-geral do município Leonel Silva Bertino Algebaile pagará o mesmo valor em multa e teve pena fixada em 21 anos de prisão.

Colaboração

Os demais condenados não terão que pagar multas. Dois acusados tiveram a pena reduzida em dois terços por colaboração premiada.

Outras 12 pessoas foram condenadas a penas que variam entre 4 e 45 anos de prisão, entre elas o ex-secretário de governo e o ex-secretário de segurança pública. Outros 19 réus tiveram a pena convertida em prestação de serviços comunitários.

As denúncias foram apresentadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que, em nota publicada em seu site, considerou a condenação "histórica".

Ao todo, 44 pessoas foram denunciadas, e apenas uma foi absolvida.

As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

A Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com os advogados do ex-prefeito e do proprietário do jornal até o fechamento desta reportagem.

Já os advogados que constam no processo como responsáveis pela defesa de Roberto Pintos dos Santos, afirmaram que não estão mais representando o réu.

A defesa de Leonel Silva Bertino Algebaile foi procurada por email, mas não respondeu ao pedido de posicionamento.

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