Brasil

Ex-Cemig deve assumir presidência da Eletrobras, diz fonte

José da Costa Carvalho Neto deverá ser escolhido para substituir José Antonio Muniz Lopes na presidência da Eletrobras

A saída de Muniz --nome ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)-- já era comentada nos bastidores do setor elétrico nas últimas semanas (TIAGO QUEIROZ)

A saída de Muniz --nome ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)-- já era comentada nos bastidores do setor elétrico nas últimas semanas (TIAGO QUEIROZ)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 18h01.

Brasília - O ex-presidente da Cemig José da Costa Carvalho Neto deverá ser escolhido para substituir José Antonio Muniz Lopes na presidência da Eletrobras. A informação é de um executivo de uma subsidiária da estatal federal que pediu anonimato.

A saída de Muniz --nome ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)-- já era comentada nos bastidores do setor elétrico nas últimas semanas. Muniz deverá ser transferido para a presidência da Eletronorte, segundo a fonte.

Nos últimos dias, dizia-se que Muniz seria substituído pelo ex-diretor de Distribuição da Eletrobras, Flávio Decat. Mas Decat, executivo bem visto pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e pela presidente Dilma Rousseff, acabou sendo escalado para presidir Furnas.

As disputas pelos cargos no setor elétrico permeiam pelo menos três partidos: PMDB, PT e PSB. Em Furnas, o PMDB de Lobão e Sarney acabou levando a melhor sobre a bancada fluminense do partido, que detinha o controle da estatal.

Segundo um importante cacique peemedebista, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), conversará com colegas do partido no Rio para evitar uma crise.

Em outra frente de batalha, PT e PMDB disputam o controle de outra subsidiária da Eletrobras, a Eletrosul, que concentra investimentos no Sul do país.

Atualmente, o presidente da Eletrosul é o petista Eurides Mescolotto. O executivo do grupo Eletrobras ouvido pela Reuters disse que disputam o seu lugar o também petista Cláudio Vignatti, ex-deputado e candidato derrotado ao Senado por Santa Catarina, e o ex-governador catarinense Paulo Afonso, do PMDB.

Na Chesf, outra estatal do setor elétrico, a situação é mais complicada. Segundo outra fonte que acompanha de perto a situação da empresa, o governador de Alagoas, Eduardo Campos (PSB), que exerce forte influência política sobre a Chesf, defende a troca completa da diretoria, que hoje é compartilhada por PSB, PT e PMDB.

Como o apagão que atingiu oito Estados do Nordeste nesta sexta-feira ocorreu na área de atuação da empresa, a presidente Dilma deverá ter um olhar especial para a nova diretoria da Chesf.

Apenas em duas das principais empresas da Eletrobras, a Eletronuclear e a metade brasileira de Itaipu, não devem haver mudanças na direção.

No caso da Eletronuclear, a tendência é que o presidente continue sendo Othon Luiz Pinheiro da Silva, engenheiro nuclear formado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Já em Itaipu, o petista Jorge Samek deve permanecer no cargo, apesar do desejo do PDT de entregar o comando da empresa a Osmar Dias, candidato derrotado ao governo do Paraná.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaPolítica

Mais de Brasil

RS receberá R$ 6,5 bilhões para sistema de proteção contra inundações

Governo da Venezuela 'se afasta' de lisura e transparência nas eleições, diz Pacheco

Lula se reuniu com Boulos para discutir participação na campanha em 'agenda secreta' em SP

Capitais devem eleger mais prefeitos de centro-direita

Mais na Exame