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Eunício convoca reunião de líderes do Senado sobre crise de combustíveis

Encontro marcado pelo presidente do Congresso Nacional ocorrerá às 19h, de acordo com publicação do Senado no Twitter

Eunício Oliveira: paralisação dos caminhoneiros colocou preço dos combustíveis na pauta do Congresso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2018 às 15h40.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às 16h05.

Em meio ao calendário complicado e com a continuidade da paralisação dos caminhoneiros, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), convocou uma reunião extraordinária de líderes para a noite dessa quinta-feira (24) em Brasília.

Como reação às críticas de que os senadores votariam somente na semana que vem o projeto que isenta tributos que incidem sobre o óleo diesel , Eunício retornou à capital federal às pressas, após cancelar a participação em um evento em sua base eleitoral.

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A reunião de líderes foi convocada no início da tarde de hoje para as 19h. Além da Secretaria-Geral da Mesa, o próprio presidente do Senado telefonou a alguns líderes comunicando-os da agenda.

A votação, porém, ainda não é consensual, porque as previsões financeiras feitas pelos deputados na noite de ontem no projeto aprovado estavam erradas.

Ao aprovarem o projeto da reoneração de 28 setores da economia, os deputados incluíram o fim da cobrança do PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre o diesel até 31 de dezembro de 2018.

A estimativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do relator do projeto, Orlando Silva (PCdoB-SP), era de que o impacto nos cofres da União seria de apenas R$ 3 bilhões neste ano.

Já o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, apresentou uma conta diferente, e nesta manhã veio a público repetir que as contas indicam uma perda próxima a R$ 10 bilhões.

Diante do impasse e da continuidade do movimento dos caminhoneiros , que se reúnem neste momento com o governo pelo segundo dia consecutivo, Eunício decidiu convocar os senadores para definirem um cronograma e evitar o agravamento da crise, que já gera desabastecimento em algumas regiões do país.

As estratégias para a votação ainda estão indefinidas, já que se os senadores decidirem atender o governo e retirar a isenção do tributo pedida pelos caminhoneiros, a proposta pode ter que tramitar novamente na Câmara.

Por meio de sua conta no Twitter, o presidente do Senado disse que suspendeu uma agenda em Fortaleza ao lado do governador do Ceará, Camilo Santana (PT). O anúncio da liberação de cisternas já estava previsto na agenda de Eunício há mais de uma semana.

"Decidi voltar a Brasília, suspendendo agenda em que anunciaríamos investimentos para combater a seca no meu Ceará que já vive uma grave crise de falta d'água há seis anos. Em Brasília, retomaremos as negociações em torno das saídas possíveis para a greve dos caminhoneiros", escreveu.

Greve dos caminhoneiros

Os caminhoneiros protestam há quatro dias contra os seguidos aumentos do preço do diesel. O movimento tem fechado algumas estradas, o que já impacta no abastecimento de combustível e alimentos em algumas regiões do país.

As principais reivindicações da categoria são a redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais que estão concedidas à iniciativa privada.

Hoje, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que a mobilização só será encerrada quando o presidente Michel Temer sancionar e publicar, no Diário Oficial da União, a decisão de zerar a alíquota do PIS-Cofins incidente sobre o diesel.

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