Exame Logo

EUA confirmam conversa com Brasil sobre suposta espionagem

"Planejamos continuar nosso diálogo com o Brasil através dos canais diplomáticos normais", afirmou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado

Bandeira dos Estados Unidos: a Comissão de Relações Exteriores do Senado também anunciou hoje que pretende convocar o embaixador Shannon para explicar as supostas atividades de espionagem. (Al Messerschmidt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 17h23.

Washington - O governo americano entrou em contato com autoridades do Brasil sobre a suposta espionagem de comunicações de cidadãos brasileiros por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), reveladas pelo jornal "O Globo" neste final de semana, confirmou nesta segunda-feira a porta-voz do Departamento de Estado.

"Posso confirmar que falamos com funcionários brasileiros sobre estas alegações. Planejamos continuar nosso diálogo com o Brasil através dos canais diplomáticos normais, mas essas são conversas que certamente manteremos em particular", afirmou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado, em sua entrevista coletiva diária.

A funcionária não confirmou o nível destas conversas e disse não estar ciente se o secretário de Estado, John Kerry, tinha falado com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Jen Psaki se referia às declarações de Patriota, que afirmou que Brasília recebeu com "grave preocupação" a notícia de que os Estados Unidos também espionaram cidadãos brasileiros, de acordo com uma reportagem de "O Globo".

Patriota acrescentou que tinha pedido explicações ao embaixador dos EUA em Brasília, Thomas Shannon, e que a legação diplomática brasileira em Washington fez o mesmo com o Departamento de Estado.

A Comissão de Relações Exteriores do Senado também anunciou hoje que pretende convocar o embaixador Shannon para explicar as supostas atividades de espionagem.


"Temos que verificar a veracidade das informações que foram publicadas na imprensa", pois "se fossem confirmadas, se trataria de algo gravíssimo", declarou a jornalistas o presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Jen Psaki reiterou que os EUA não comentam "cada suposta revelação sobre atividades de inteligência". No entanto, destacou que Washington "foi claro" na hora de confirmar que "recopila inteligência estrangeira do mesmo tipo que realizam todos os países".

A funcionária americana evitou responder se estas supostas alegações poderiam afetar a futura visita a Washington da presidente Dilma Rousseff, prevista para outubro.

"Trabalhamos com o Brasil em um amplo espectro de assuntos e esperamos que possamos continuar as discussões e as soluções através dos canais diplomáticos normais", se limitou a declarar Psaki.

A reportagem de "O Globo" usa dados vazados pelo ex-analista da CIA, Edward Snowden, procurado pelos EUA e que está há duas semanas no aeroporto de Moscou à espera que algum país lhe conceda asilo político.

Entre os documentos, está um mapa no qual o Brasil aparece com a cor verde claro, similar a de países como México, França e Austrália, o que indica que o volume de conexões interceptadas pelos sistemas de espionagem americanos é intermediário. EFE

Veja também

Washington - O governo americano entrou em contato com autoridades do Brasil sobre a suposta espionagem de comunicações de cidadãos brasileiros por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), reveladas pelo jornal "O Globo" neste final de semana, confirmou nesta segunda-feira a porta-voz do Departamento de Estado.

"Posso confirmar que falamos com funcionários brasileiros sobre estas alegações. Planejamos continuar nosso diálogo com o Brasil através dos canais diplomáticos normais, mas essas são conversas que certamente manteremos em particular", afirmou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado, em sua entrevista coletiva diária.

A funcionária não confirmou o nível destas conversas e disse não estar ciente se o secretário de Estado, John Kerry, tinha falado com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Jen Psaki se referia às declarações de Patriota, que afirmou que Brasília recebeu com "grave preocupação" a notícia de que os Estados Unidos também espionaram cidadãos brasileiros, de acordo com uma reportagem de "O Globo".

Patriota acrescentou que tinha pedido explicações ao embaixador dos EUA em Brasília, Thomas Shannon, e que a legação diplomática brasileira em Washington fez o mesmo com o Departamento de Estado.

A Comissão de Relações Exteriores do Senado também anunciou hoje que pretende convocar o embaixador Shannon para explicar as supostas atividades de espionagem.


"Temos que verificar a veracidade das informações que foram publicadas na imprensa", pois "se fossem confirmadas, se trataria de algo gravíssimo", declarou a jornalistas o presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Jen Psaki reiterou que os EUA não comentam "cada suposta revelação sobre atividades de inteligência". No entanto, destacou que Washington "foi claro" na hora de confirmar que "recopila inteligência estrangeira do mesmo tipo que realizam todos os países".

A funcionária americana evitou responder se estas supostas alegações poderiam afetar a futura visita a Washington da presidente Dilma Rousseff, prevista para outubro.

"Trabalhamos com o Brasil em um amplo espectro de assuntos e esperamos que possamos continuar as discussões e as soluções através dos canais diplomáticos normais", se limitou a declarar Psaki.

A reportagem de "O Globo" usa dados vazados pelo ex-analista da CIA, Edward Snowden, procurado pelos EUA e que está há duas semanas no aeroporto de Moscou à espera que algum país lhe conceda asilo político.

Entre os documentos, está um mapa no qual o Brasil aparece com a cor verde claro, similar a de países como México, França e Austrália, o que indica que o volume de conexões interceptadas pelos sistemas de espionagem americanos é intermediário. EFE

Acompanhe tudo sobre:EspionagemEstados Unidos (EUA)ItamaratyMinistério das Relações ExterioresPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame