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Esvaziada, sessão de impeachment tem princípio de confusão

Ao contrário do que ocorreu com as últimas testemunhas, bancada governista decidiu questionar duramente o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa

Plenário no 3º dia do julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff: cadeiras vazias e troca de farpas (Flickr/Creative Commons/Senado Federal)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2016 às 12h48.

Brasília - O terceiro dia de depoimentos no julgamento no Senado do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff começou com a fala do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa em um plenário esvaziado mas, ao contrário do que ocorreu com as últimas testemunhas, a bancada governista decidiu usar seu tempo neste sábado para questioná-lo duramente.

O tucano Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acusou o governo da presidente afastada de ter feito operações de crédito para sustentar um "projeto político criminoso e irresponsável", gerando mais um princípio de confusão no plenário.

Apesar da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, de não conceder questões de ordem para temas que não sejam regimentais, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) decidiu interromper para responder a Ferraço. Depois, o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) tomou a palavra, até que Lewandowski cortou de novo a fala dos senadores fora do tempo de perguntas.

Barbosa centra seu depoimento na tentativa de demonstrar a legalidade das ações da presidente no momento em que as operações de crédito com os bancos públicos foram feitas, mote central da defesa. O ex-ministro repetiu que o entendimento do Tribunal de Contas da União de que as operações eram irregulares foi posterior.

"Não cabe retroatividade nas questões legais. Isso causa grande desconfiança jurídica. Se as leis podem ser interpretadas ao prazer das conveniências políticas podem trazer enorme insegurança para o país", disse Barbosa.

A senadora Vanessa Grazziotin reclamou mais uma vez da baixa frequência de senadores na Casa - vários viajaram para os seus Estados ainda na noite de sexta-feira.

"A maioria está evitando fazer questionamento porque quando fazem ouvem respostas que não querem. Fazem malabarismo para tentar indicar um crime e até agora não conseguiram", reclamou.

O Senado ouvirá ainda este sábado a última testemunha de defesa, o advogado Ricardo Lodi. Ao encerrar os depoimentos na noite de sexta-feira, Lewandowski afirmou que a sessão deste sábado irá até a hora que for necessário para encerrar essa parte do processo de impeachment.

Na segunda-feira, a presidente afastada irá ao Senado fazer sua defesa e será questionada pelos senadores, pela defesa e pela acusação. O processo de votação deve começar na terça-feira.

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Brasília - O terceiro dia de depoimentos no julgamento no Senado do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff começou com a fala do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa em um plenário esvaziado mas, ao contrário do que ocorreu com as últimas testemunhas, a bancada governista decidiu usar seu tempo neste sábado para questioná-lo duramente.

O tucano Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acusou o governo da presidente afastada de ter feito operações de crédito para sustentar um "projeto político criminoso e irresponsável", gerando mais um princípio de confusão no plenário.

Apesar da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, de não conceder questões de ordem para temas que não sejam regimentais, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) decidiu interromper para responder a Ferraço. Depois, o senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) tomou a palavra, até que Lewandowski cortou de novo a fala dos senadores fora do tempo de perguntas.

Barbosa centra seu depoimento na tentativa de demonstrar a legalidade das ações da presidente no momento em que as operações de crédito com os bancos públicos foram feitas, mote central da defesa. O ex-ministro repetiu que o entendimento do Tribunal de Contas da União de que as operações eram irregulares foi posterior.

"Não cabe retroatividade nas questões legais. Isso causa grande desconfiança jurídica. Se as leis podem ser interpretadas ao prazer das conveniências políticas podem trazer enorme insegurança para o país", disse Barbosa.

A senadora Vanessa Grazziotin reclamou mais uma vez da baixa frequência de senadores na Casa - vários viajaram para os seus Estados ainda na noite de sexta-feira.

"A maioria está evitando fazer questionamento porque quando fazem ouvem respostas que não querem. Fazem malabarismo para tentar indicar um crime e até agora não conseguiram", reclamou.

O Senado ouvirá ainda este sábado a última testemunha de defesa, o advogado Ricardo Lodi. Ao encerrar os depoimentos na noite de sexta-feira, Lewandowski afirmou que a sessão deste sábado irá até a hora que for necessário para encerrar essa parte do processo de impeachment.

Na segunda-feira, a presidente afastada irá ao Senado fazer sua defesa e será questionada pelos senadores, pela defesa e pela acusação. O processo de votação deve começar na terça-feira.

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