Estupro: o número de estupros aumentou 32,39% na capital paulista no mês de agosto, na comparação com agosto de 2015 (ThinkStock/KatarzynaBialasiewicz/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2016 às 20h19.
São Paulo - O número de estupros aumentou 32,39% na capital paulista no mês de agosto, na comparação com agosto de 2015, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
Foram 233 casos contra 176 no mesmo período do ano passado. O indicador é um dos que apresentou maior crescimento no último mês.
Ainda segundo os dados da Secretaria, também cresceu o número de roubos em geral: o aumento é de 11,05% na comparação com agosto de 2015, na capital paulista. Esse é o sétimo mês seguido em que há alta de registros desses delitos.
Seguindo a mesma tendência, também cresceu o registro de roubos de cargas, com 65,8% de aumento, em comparação com agosto do ano passado. Foram 509, ante 307 em 2015.
Já o número de homicídios voltou a registrar queda na cidade. A redução é de 7,46% em relação a agosto do ano passado. Foram 62 casos ante 67 no período anterior.
O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves, apontou como preocupante o crescimento dos casos de estupro, mas destacou a eventual redução da subnotificação desse tipo de crime com a entrada em operação do plantão 24 horas da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na Sé, região central de São Paulo.
"Esta delegacia vem atendendo toda a cidade. Nosso esforço é para que consigamos abrir novas delegacias 24 horas. A zona leste e o extremo sul são as áreas que, na nossa avaliação, também demandam esse atendimento".
Segundo Alves, de 22 de julho a 21 de agosto a DDM registrou 123 boletins de ocorrência. Já entre 22 de agosto e 21 de setembro, após a ampliação do horário de atendimento, foram 341 boletins e 7 prisões em flagrante de autores desses delitos.
O secretário também comentou o aumento dos casos de crimes contra o patrimônio, destacando a crise econômica como um dos fatores responsáveis por esse aumento.
"Em 59% dos casos de roubo de carga, os produtos roubados eram alimentos. O sujeito rouba para jogar no mercado informal e vender com preço mais barato", destacou.
Alves, porém, avaliou o aumento de casos de roubos de celulares como um dos fatores que fizeram crescer os índices de roubos em geral.
"Agora se rouba muito celular, há gangues de bicicletas. O celular sempre foi um objeto caro e fácil de ser levado. O que pode estar acontecendo é que pessoas que não praticavam esses delitos passaram a cometê-los."