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Estudo vê terceiro aeroporto em SP só viável no longo prazo

Na avaliação de Helcio Tokeshi da EBP, só um crescimento na demanda muito mais acelerado do que o estimado poderia antecipar a discussão

A Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa, controladoras da CCR, têm o projeto do chamado Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), que seria construído em Caieiras (Mario Rodrigues/VEJA São Paulo)
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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 08h18.

São Paulo - A construção de um terceiro aeroporto em São Paulo só é viável no longo prazo. A afirmação foi feita nesta quarta-feira por Helcio Tokeshi, diretor-geral da Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), durante palestra no 2º Seminário de Infraestrutura Aeroportuária da América Latina, em São Paulo.

A EBP, formada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e grandes bancos, foi a empresa contratada pelo governo federal para fazer estudos que serviram como base para a modelagem da concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, realizada em 6 de fevereiro.

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"Para quem participou ativamente do processo de licitação, isso não é novidade. Nós falamos isso abertamente para todos os concorrentes", afirmou Tokeshi. Segundo ele, os estudos sobre o espaço aéreo da regional São Paulo indicaram claramente que haveria uma interferência relevante do terceiro aeroporto na capacidade operacional existente em Congonhas, Guarulhos e Viracopos. "Até porque a expansão agora planejada nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos é capaz de atender mais que adequadamente o crescimento da demanda projetada nos próximos 20, 25 anos."

Na sua avaliação, só um crescimento na demanda muito mais acelerado do que o estimado poderia antecipar a discussão e justificaria um rearranjo da lógica atual de distribuição do espaço aéreo em São Paulo. "Lá na frente, pode ser que haja necessidade e faça sentido (um terceiro aeroporto). Mas como isso está num horizonte muito lá na frente, não fazia sentido no modelo (de concessão) colocar em contrato uma garantia de que isso não aconteceria. Esse é um risco desprezível no curto, médio e longo prazo", afirmou.

"Depende de quão rápido a demanda passar a crescer. Se a demanda passar a crescer 50% por ano nos próximos dez anos, em dez anos vamos atingir a capacidade dos aeroportos que foram concessionados e aí teríamos que pensar em outro aeroporto", disse o diretor-geral da EBP, acrescentando, no entanto, que dificilmente isso deve ocorrer.

A Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa, controladoras da CCR, têm o projeto do chamado Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), que seria construído em um terreno em Caieiras, na Grande São Paulo. A EcoRodovias também tem interesse na construção de um novo aeroporto em São Paulo.

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