Brasil

Estudo na Paraíba aprofundará pesquisas sobre microcefalia

Para cada caso de má-formação, serão avaliados outros três da mesma região que não possuem a doença


	Pé de bebê recém-nascido: a microcefalia é uma síndrome que leva bebês a terem problemas de cognição, de locomoção e audição
 (Thinkstock)

Pé de bebê recém-nascido: a microcefalia é uma síndrome que leva bebês a terem problemas de cognição, de locomoção e audição (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 13h23.

Brasília - Começa nesta terça-feira, 16, na Paraíba um estudo conduzido em parceria com o Ministério da Saúde e Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, para estimar a proporção de bebês com microcefalia associada ao zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

A pesquisa deverá avaliar 800 pacientes e terá como ponto de partida a coleta de informações sobre gestantes que tiveram bebês com a má-formação e mães que tiveram bebês sem o problema.

Para cada caso de má-formação, serão avaliados outros três da mesma região que não possuem a doença. 

Com a estratégia, integrantes do estudo pretendem averiguar o risco de infecção pelo vírus e responder uma pergunta que, desde que o aumento de casos foi identificado no Brasil, atormenta especialistas: qual o risco de uma mulher infectada pelo vírus durante a gestação ter um bebê com a má-formação? Quais outros fatores podem estar relacionados com aumento de casos?

A microcefalia é uma síndrome que leva bebês a terem problemas de cognição, de locomoção e audição.

Até o ano passado, era considerada uma doença rara, provocada por problemas genéticos e infecções da mãe durante a gestação, como citomegalovírus, toxoplasmose, herpes, sífilis.

Os casos também estavam associados a alcoolismo da gestante e uso de drogas.

Desde setembro, no entanto, os registros de bebês nascidos com problema aumentaram de forma expressiva, levantando à suspeita de infecção da gestante por zika - o vírus chegou ao Brasil ano passado, provocando, já nos primeiros meses, uma epidemia no Nordeste - justamente a região que, meses depois, começou a apresentar aumento de nascimentos de bebês com a má-formação.

Os integrantes do estudo deverão realizar nas gestantes exames de zika e outras doenças, para tentar verificar quantos casos estão de fato associados ao vírus e quantos a outros fatores, que tradicionalmente já eram conhecidos.

O trabalho deverá ser feito em 50 dias. Paraíba é o segundo Estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no País, atrás de Pernambuco.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Ministério da SaúdePaíses ricosParaíbaSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Quem são as vítimas da queda de avião em Gramado?

“Estado tem o sentimento de uma dor que se prolonga”, diz governador do RS após queda de avião

Gramado suspende desfile de "Natal Luz" após acidente aéreo

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo em Gramado