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Protesto: no último dia 15, cerca de 220 municípios registraram protestos (Nacho Doce/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 30 de maio de 2019 às 06h00.
Última atualização em 30 de maio de 2019 às 10h40.
São Paulo — Quinze dias após o primeiro ato contra cortes na Educação realizados pelo governo de Jair Bolsonaro, uma nova onda de protestos de estudantes e movimentos sociais deve tomar as ruas nesta quinta-feira (30).
As manifestações estão marcadas para acontecer em todas as capitais brasileiras, mas o número total de cidades deve ser menor do que no ato anterior.
Reunidos nesta quarta-feira (29) em Brasília, os presidentes do PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB, além de representantes da Rede e do PCB, avaliaram que a escala dos protestos será de fato menor.
No último dia 15, cerca de 220 municípios registraram protestos, contra os 150 que estão marcados para hoje, segundo divulgação da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (APNG) também estão na organização.
Será inevitável também a comparação com os atos do último domingo (26) realizados em 156 cidades e que tiveram como mote ataques ao chamado Centrão e a defesa de reformas e do governo Jair Bolsonaro.
Sergio Denicoli, diretor de Big Data da AP/Exata, empresa de análise de mídias digitais, avalia que a manifestação deve manter a capilaridade no território nacional, mas será menor do que no dia 15.
A movimentação nas redes sociais também está menos intensa e mais voltada aos movimentos sindicais do que ao estudantil.
A mudança de foco está relacionada com a mobilização dos trabalhadores sindicais para a greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para o próximo 14 de junho.
"Um ato convocado pela UNE, também contra os cortes na educação e em defesa da aposentadoria, está sendo organizado e mobilizado por estudantes, professores, CUT e demais centrais e será mais uma mobilização rumo à greve geral do dia 14", diz comunicado da Central Única dos Trabalhadores.
De acordo com levantamento da AP/Exata, que analisou quase 80 mil tuítes sobre os protestos, a mobilização está marcada mais por um viés político-partidário, com um grande envolvimento das centrais sindicais.
Desde que assumiu o posto no começo de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, congelou recursos tanto da educação básica quanto das universidades federais.
Ao menos 2,4 bilhões de reais que estavam previstos para investimentos em programas da educação infantil ao ensino médio foram bloqueados.
O ministro também declarou que haveria um corte de 30% no orçamento de universidades federais que promovessem “balbúrdia” e tivessem desempenho acadêmico abaixo do esperado.
Ele citou a Universidade Federal da Bahia, a Universidade Federal Fluminense e Universidade de Brasília como alvos, apesar de todas estarem entre as 50 melhores da América Latina segundo o ranking Times Higher Education.
Sua declaração gerou uma onda de protestos, que deu início às mobilizações para o primeiro protestos.
Logo depois, Weintraub recuou e afirmou que o corte seria linear para todas as universidades federais, o que segundo reitores inviabiliza a continuidade das atividades; os repasses já passaram por cortes sucessivos nos anos anteriores.
O ministro passou então a destacar que o corte é sobre a verba de custeio e portanto mais próximo de 3%, pois grande parte das despesas universitárias são obrigatórias por lei, como os salários.
Além do corte no repasse para as federais, 3.474 bolsas para estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também foram suspensas.
Há cerca de uma semana, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, anunciou a liberação de R$ 1,588 bilhão do valor inicial contingenciado do MEC, levando o bloqueio de R$ 7,43 bilhões para R$ 5,84 bilhões.
Isso não significa que a verba será destinada às universidades federais, já que a decisão de como empenhar o gasto fica com o próprio ministério.
1/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)
Manifestantes carregam caixão durante protesto em São Paulo contra o bloqueio de verbas da Educação
2/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo
3/37 Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro
4/37 Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro
5/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo
6/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo
7/37 Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro
8/37 Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Manifestantes se reúnem no Rio de Janeiro
9/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Adriano Machado/Reuters)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
10/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)
Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo
11/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Adriano Machado/Reuters)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
12/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)
Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo
13/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Adriano Machado/Reuters)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
14/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Amanda Perobelli/Reuters)
Manifestação contra bloqueio na Educação no Rio de Janeiro
15/37 Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Manifestantes se reúnem em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo
16/37 Manifestantes carregam caixão durante protesto em São Paulo contra o bloqueio de verbas da Educação (Amanda Perobelli/Reuters)
Manifestantes carregam caixão durante protesto em São Paulo contra o bloqueio de verbas da Educação
17/37 Manifestação contra bloqueio na Educação no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Manifestação contra bloqueio na Educação no Rio de Janeiro
18/37 Manifestação contra bloqueio na Educação no Rio de Janeiro (Amanda Perobelli/Reuters)
Manifestação contra bloqueio na Educação no Rio de Janeiro
19/37 Estudantes protestam em São Paulo contra o bloqueio de verbas na Educação (Ricardo Moraes/Reuters)
Estudantes protestam em São Paulo contra o bloqueio de verbas na Educação
20/37 Estudantes protestam em São Paulo contra o bloqueio de verbas na Educação (Pilar Olivares/Reuters)
Estudantes protestam em São Paulo contra o bloqueio de verbas na Educação
21/37 Manifestantes protestam em São Paulo contra o corte de verbas na Educação (Nacho Doce/Reuters)
Manifestantes protestam em São Paulo contra o corte de verbas na Educação
22/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
23/37 Manifestantes criticam o presidente Jair Bolsonaro durante protesto em Brasília contra os cortes na Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Manifestantes criticam o presidente Jair Bolsonaro durante protesto em Brasília contra os cortes na Educação
24/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
25/37 A deputada Dep. Benedita da Silva (PT-RJ) participa das manifestações contra o corte de verbas da Educação em Brasília (Pablo Valadares/Agência Câmara)
A deputada Dep. Benedita da Silva (PT-RJ) participa das manifestações contra o corte de verbas da Educação em Brasília
26/37 Jovem participa de protesto contra o corte de verbas da Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Jovem participa de protesto contra o corte de verbas da Educação
27/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
28/37 Manifestantes criticam o presidente Jair Bolsonaro durante manifestação em Brasília contra o corte na Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Manifestantes criticam o presidente Jair Bolsonaro durante manifestação em Brasília contra o corte na Educação
29/37 Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Manifestantes protestam em Brasília contra o corte de verbas da Educação
30/37 Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas (Adriano Machado/Reuters)
Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
31/37 Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas (Adriano Machado/Reuters)
Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
32/37 Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas (Adriano Machado/Reuters)
Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
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Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
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Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
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Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
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Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
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Protestos Educação: estudantes em ato contra corte de verbas
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