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Estudantes fazem passeata pela revogação do novo ensino médio em SP

O ato se concentrou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista

Sala de aula: estudantes reivindicam também mais investimentos e segurança nas escolas (Royalty-free/Getty Images)

Sala de aula: estudantes reivindicam também mais investimentos e segurança nas escolas (Royalty-free/Getty Images)

Agência Brasil
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Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2023 às 16h02.

Última atualização em 19 de abril de 2023 às 16h22.

Estudantes fizeram nesta quarta-feira, 19, na capital paulista, um protesto pedindo a revogação do novo ensino médio. O ato se concentrou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, na região central, e saiu em passeata descendo pela Rua Augusta até a Praça da República, no centro, onde fica a sede da Secretaria Estadual de Educação. Os jovens gritavam palavras de ordem e carregavam bandeiras e faixas.

Segurança e investimentos

Além da revogação do novo ensino médio, os estudantes reivindicam mais investimentos e segurança nas escolas. “A gente pode fazer o nosso currículo dos sonhos, mas nada vai adiantar se as nossas escolas não tiverem estrutura”, ressaltou Valentina Macedo, da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (Umes).

Para ela, é necessário ainda medidas que evitem ataques como os que aconteceram nas últimas semanas. “O caminho para ter mais segurança nas escolas é os estudantes se sentirem mais acolhidos dentro dela. É ter apoio psicológico, ter mais funcionários nas escolas. Não é ter polícia nas escolas, é ter mais inspetor”, acrescentou.

Suspensão

A suspensão da implementação do novo currículo do ensino médio, anunciada no início de março pelo governo federal, foi uma vitória, na avaliação da presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, Luiza Martins. “A gente vê isso [suspensão] como uma vitória, um grande passo, mas que não é suficiente para a nossa geração. A gente que a revogação imediata”, ressaltou.

Na avaliação dela, a nova estrutura, aprovada em 2017, mas que começou a entrar em vigor no ano passado, não promove uma formação adequada dos estudantes. “Ele [novo ensino médio] não cabe mais para a nossa juventude porque é um sistema que não faz a gente saber pensar. Eles estão tirando filosofia, sociologia, que são matérias importantíssimas para a formação do nosso senso crítico”, disse.

O Ministério da Educação (MEC) está preparando uma programação de consultas públicas, pesquisas e eventos para discutir a implementação do novo ensino médio no país. O cronograma deve ser anunciado no próximo dia 24 de abril.

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