"Estarrecedor", diz Dilma sobre depoimento de ex-diretor
Presidente defendeu rigor na investigação das denúncias e sem ferir o direito de defesa dos acusados
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2014 às 17h30.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff classificou hoje (10) como "muito estranho" e "estarrecedor" a divulgação dos áudios dos depoimentos de investigados da Operação Lava Jato , da Polícia Federal (PF), durante o período eleitoral.
Ela defendeu rigor na investigação das denúncias e sem ferir o direito de defesa dos acusados.
Ontem (9), a Justiça Federal divulgou o conteúdo dos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Costa disse à Justiça que empreiteiras repassavam parte do valor de contratos firmados com a Petrobras para PP, PT e PMDB.
“Acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha, façam esse tipo de divulgação. É importante que haja de fato um interesse legítimo, real, concreto de punir corruptor e corruptores. Agora, que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta. A investigação deve ser feita sem manipulação política e sem qualquer outro tipo de intervenção”, disse em entrevista no Palácio da Alvorada.
Dilma disse que demitiu Paulo Roberto Costa do cargo e defendeu apuração rigorosa do caso.
O depoimento de ontem (9) prestado pelo ex-diretor faz parte do inquérito de uma das dez ações penais decorrente Lava Jato e não está relacionado ao acordo de delação premiada firmado por Costa com o Ministério Público Federal (MPF) em troca de redução da pena.
O governo solicitou o acesso à delação premiada, porém o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“O principal envolvido nas denúncias [Paulo Roberto Costa] foi demitido por mim e foi também preso pela Polícia Federal. É claro que eu faço absoluta questão de tudo ser apurado com rigor. Sei que as principais provas estão no processo que envolve a delação premiada, até porque para ser autorizada, as denúncias precisam ter provas robustas e consistentes. Tive todo o interesse em ter acesso a isso para tomar todas as medidas cabíveis”.
A presidente e candidata à reeleição disse que já determinou a apuração do envolvimento de integrantes do governo, citados nas denúncias. Dilma reafirmou que a PF e o Ministério Público foram fortalecidos e tiveram autonomia para investigar.
Também lembrou propostas de campanha para aumentar a eficácia de leis anticorrupção e dar agilidade às investigações de lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
“São medidas fundamentais e fazem parte da nossa avaliação de como combater efetivamente sem usar a retórica e frases vazias”.
A candidata defendeu a reforma política como instrumento para combater a corrupção. “Uma parte dos delitos tem a ver com práticas políticas antigas e com processos como o financiamento privado de campanhas eleitorais”, disse.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff classificou hoje (10) como "muito estranho" e "estarrecedor" a divulgação dos áudios dos depoimentos de investigados da Operação Lava Jato , da Polícia Federal (PF), durante o período eleitoral.
Ela defendeu rigor na investigação das denúncias e sem ferir o direito de defesa dos acusados.
Ontem (9), a Justiça Federal divulgou o conteúdo dos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Costa disse à Justiça que empreiteiras repassavam parte do valor de contratos firmados com a Petrobras para PP, PT e PMDB.
“Acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha, façam esse tipo de divulgação. É importante que haja de fato um interesse legítimo, real, concreto de punir corruptor e corruptores. Agora, que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta. A investigação deve ser feita sem manipulação política e sem qualquer outro tipo de intervenção”, disse em entrevista no Palácio da Alvorada.
Dilma disse que demitiu Paulo Roberto Costa do cargo e defendeu apuração rigorosa do caso.
O depoimento de ontem (9) prestado pelo ex-diretor faz parte do inquérito de uma das dez ações penais decorrente Lava Jato e não está relacionado ao acordo de delação premiada firmado por Costa com o Ministério Público Federal (MPF) em troca de redução da pena.
O governo solicitou o acesso à delação premiada, porém o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“O principal envolvido nas denúncias [Paulo Roberto Costa] foi demitido por mim e foi também preso pela Polícia Federal. É claro que eu faço absoluta questão de tudo ser apurado com rigor. Sei que as principais provas estão no processo que envolve a delação premiada, até porque para ser autorizada, as denúncias precisam ter provas robustas e consistentes. Tive todo o interesse em ter acesso a isso para tomar todas as medidas cabíveis”.
A presidente e candidata à reeleição disse que já determinou a apuração do envolvimento de integrantes do governo, citados nas denúncias. Dilma reafirmou que a PF e o Ministério Público foram fortalecidos e tiveram autonomia para investigar.
Também lembrou propostas de campanha para aumentar a eficácia de leis anticorrupção e dar agilidade às investigações de lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
“São medidas fundamentais e fazem parte da nossa avaliação de como combater efetivamente sem usar a retórica e frases vazias”.
A candidata defendeu a reforma política como instrumento para combater a corrupção. “Uma parte dos delitos tem a ver com práticas políticas antigas e com processos como o financiamento privado de campanhas eleitorais”, disse.