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Estado de SP vai suspender aulas gradualmente a partir de segunda

Na semana que vem, as aulas seguem normalmente; tempo serve para que famílias se organizem e evitem deixar as crianças com os avós, o maior grupo de risco

escolas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 13 de março de 2020 às 19h02.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 20h38.

São Paulo — Após confirmação de transmissão comunitária sustentada do coronavírus no estado de São Paulo, o governo de João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira 13 que as aulas das escolas públicas serão suspensas gradualmente a partir de segunda-feira, 16. Para as escolas privadas, a orientação é a mesma.

"Não faremos um interrompimento de qualquer maneira, porque precisa existir um planejamento com as próprias famílias. Não adianta pararmos as aulas e deixarmos as crianças com os avós, que são o público com maior risco para a doença", diz o secretário de Educação Rossieli Soares.

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O governo estabeleceu dez dias para que as famílias se organizem com a dinâmica das crianças, antes de interromper totalmente as aulas.

Em coletiva de imprensa, o governador recomendou, ainda, a suspensão de eventos de qualquer natureza, que reúnam mais de 500 pessoas. Os eventos de ordem pública já estão suspensos em todo o estado. Na área privada, a recomendação é a suspensão gradual da programação.

De acordo com o secretário, ainda não há data para retorno às aulas. "Será feita uma avaliação momento a momento, hora a hora, sempre com diálogo com as famílias", disse.

As mesmas medidas para a rede pública de ensino do estado serão tomadas pela prefeitura de São Paulo, disse o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano. Doria disse ainda que fará recomendações para que as escolas particulares sigam o mesmo procedimento da rede pública.

Por volta de meio-dia, Doria havia dito, em coletiva de imprensa, que, com as informações que tinha à disposição e com o que ouviu de especialistas, não havia necessidade de suspender aulas ou cancelar eventos. "Não há nenhuma razão para pânico", disse na ocasião.

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