Rua 25 de março: comércio pode ampliar capacidade de 40% para 60%. (Eduardo Frazão/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 9 de outubro de 2020 às 12h58.
Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 14h00.
Pela primeira vez desde o início da quarentena, há 6 meses, o estado de São Paulo - incluindo a capital - tem a maior abertura da economia. O governo atualizou, nesta sexta-feira, 9, as fases de flexibilização, e agora 76% da população do estado está na fase 4 verde, em uma escala que vai de 1 vermelha, a mais restrita, até a 5 azul, quando há a volta total das atividades, mas com medidas de segurança, como uso de máscara.
Foram para a fase 4 verde as regiões de Campinas, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté, Baixada Santista e Região Metropolitana de São Paulo. A única região que regrediu foi a de Barretos, que passou da fase 3 amarela, para a fase 2 laranja.
Além da capacidade, o governo ampliou o horário de funcionamento do comércio. Regiões que estão na fase amarela podem estender de 8 horas para 10 horas, incluindo shoppings, comercio de rua, academia, cabeleireiros e prestadores de serviço.
Para quem está na fase 4 verde, o funcionamento é de até 12 horas, incluindo, restaurantes, comércios e prestadores de serviços, shoppings e academias. No caso de bares e restaurantes, podem ficar abertos até as 23h, encerrando o serviço às 22h.
O que motivou uma maior flexibilização foi a queda nos vários índices que são analisado pelo governo do estado, como taxa de internação em leitos de UTI, número de novos casos e de mortes por covid-19. Em agosto, a média diária de óbitos em todo o estado chegou a um pico de 289, e agora está em 154, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde.
As internações, que chegaram a ficar perto de 90%, agora estão abaixo de 50%, mesmo com o fechamento dos hospitais de campanha. No acumulado, o estado tem 1.028.190 casos confirmados e 37.069 mortes causadas pela covid-19.
Desde o começo de setembro, o Centro de Contingência da covid-19 decidiu mudar a regra de atualizações da quarentena. Antes quinzenais, elas passam a ser mensais, com a próxima reclassificação no dia 16 de novembro. Até lá, atualizações extraordinárias só serão feitas para restringir a atividade econômica.
Acompanhando os bons índices de controle da pandemia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), assinou na semana passada o protocolo que estabelece as regras de funcionamento para a volta de cinemas, teatros, museus, bibliotecas, espetáculos e eventos. A capacidade é de 60%, limitada a 600 pessoas.
Com a ida da capital para a fase verde, o setor cultural fica liberado para o funcionamento a partir do dia 10 de outubro.