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Espírito Santo terá mais tropas federais para conter violência

Se confirmadoo número de 80 mortos, seria cerca de 6 vezes maior que a taxa de homicídios no Estado registrada ao longo do ano passado

ES: a violência continua se alastrando após a Polícia Militar iniciar uma greve no fim de semana por uma disputa sobre reajuste salarial (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 20h58.

Vitória - O governo do Estado do Espírito Santo receberá o reforço de 550 militares, após pedir, nesta quarta-feira, o envio de mais tropas federais para enfrentar uma onda de violência registrada em decorrência de uma greve de policiais, que em cinco dias já deixou mais de 80 mortes relatadas.

O número de mortos, se confirmado, seria cerca de seis vezes maior que a taxa de homicídios no Estado registrada ao longo do ano passado.

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Apesar da mobilização de mil soldados das Forças Armadas e de um contingente de 200 homens da Força Nacional, que chegaram ao Estado na segunda-feira, a violência continua se alastrando após a Polícia Militar iniciar uma greve no fim de semana por uma disputa sobre reajuste salarial.

Nesta quarta, o Ministério da Defesa anunciou que o Estado receberá reforço de 550 militares das Forças Armadas, além de mais 100 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública.

De acordo com nota, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o governo federal atende aos pedidos do Espírito Santo "dentro da nossa capacidade" e "se forem necessários outros deslocamentos serão feitos".

Mediante uma onda de assaltos, roubos e assassinatos, autoridades locais disseram precisar de centenas de tropas militares a mais para ajudar a compensar a média de 1.800 policiais que normalmente patrulham as ruas do Estado.

A greve, que tem participação de familiares e amigos de policiais que bloquearam acessos a batalhões, acontece à medida que o Espírito Santo, assim como outros Estados, enfrenta dificuldades financeiras para garantir serviços como saúde, educação e segurança.

O governador Paulo Hartung disse nesta quarta-feira que a greve, que fez com que escolas e hospitais fossem fechados e muitos moradores decidissem ficar em casa por medo da violência, é uma "chantagem".

Ele comparou a greve ao "sequestro da liberdade de cidadãos", com cobrança de um "resgate".

Autoridades do governo estadual não confirmaram o número crescente de mortes violentas, mas a mídia local relatou que mais de 80 pessoas morreram desde sábado.

A maior parte da violência está centrada na região metropolitana de Vitória, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

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