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Espionagem deve ir a instâncias internacionais, diz senador

Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é cotado para ser relator da CPI que apurará denúncias de espionagem sobre Dilma Rousseff


	Ricardo Ferraço: “Eu não me surpreendi porque esses indícios [de espionagem sobre a presidente] já estavam muito postos nas falas do [Edward] Snowden", disse o senador
 (Agência Senado)

Ricardo Ferraço: “Eu não me surpreendi porque esses indícios [de espionagem sobre a presidente] já estavam muito postos nas falas do [Edward] Snowden", disse o senador (Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 13h20.

Brasília - O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), disse, hoje (2), à Agência Brasil, que o governo federal precisa levar as denúncias de espionagem dos Estados Unidos sobre a presidente Dilma Rousseff e assessores diretos dela a instâncias internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU).

“O que nós precisamos é cobrar explicações do governo norte-americano. O terrorismo está sendo usado como biombo. Por que o governo está se valendo dessas ferramentas, sendo que o Brasil está fora do eixo do terrorismo?”, indagou.

Ferraço disse que as denúncias exibidas ontem (1º) pelo programa Fantástico, da TV Globo não o surpreendem. “Eu não me surpreendi porque esses indícios [de espionagem sobre a presidente] já estavam muito postos nas falas do [Edward] Snowden.”

Nesta terça-feira (3), será instalada no Senado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem, para apurar as denúncias. Ferraço é cotado para ser relator da comissão. O senador disse que a situação é complicada, pois como o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, tem imunidade diplomática, ele não pode ser convocado para dar explicações.

Hoje, a presidente Dilma convocou ministros para duas reuniões de emergência no Palácio do Planalto a fim de tratar de denúncias. Além disso, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, foi ao Itamaraty prestar esclarecimentos sobre o tema ao chanceler Figueiredo Machado.

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