Brasília (DF), 11.07.2023 - Presidente Lula é entrevistado por Marcos Uchoa no programa Conversa com o Presidente, no Palácio do Alvorada. Imagem: TV Brasil (TV Brasil/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2023 às 11h11.
Última atualização em 11 de julho de 2023 às 11h18.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Durante a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, denominada de Conversa com o Presidente, Lula disse que o presidente da instituição monetária é teimoso por manter a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% ao ano.
Ao comemorar a aprovação da reforma tributária na Câmara, na semana passada, o chefe do Executivo citou um otimismo das pessoas a partir da melhora dos indicadores econômicos. “As pessoas que estavam pessimistas estão vendo o dólar cair, a economia crescer, sinais de que o salário vai crescer, de que o emprego vai crescer”, declarou.
“Logo, logo, vai começar a baixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso, mas não tem mais explicação”, disse. Segundo Lula, é preciso ter tranquilidade, pois não tem como “fazer mágica” na economia.
“Os juros vão ter que baixar, é importante ter clareza que os juros precisam baixar para que a gente possa ter crédito disponibilizado a custo baixo para que o povo que quer empreender possa pegar dinheiro emprestado”, comentou Lula.
Lula disse esperar que a votação da reforma tributária no Senado repita o quórum de aprovação na Câmara, na semana passada. Na avaliação do presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os líderes do governo no Congresso souberam negociar a pauta com o Parlamento com muita persistência e habilidade.
“Quando o governo manda um projeto de lei ao Congresso Nacional ou uma medida provisória, essa medida provisória, necessariamente, não tem que ser aprovada tal como o governo quer”, disse. “É normal que você negocie”, acrescentou, citando que parlamentares podem sugerir ideias melhores do que as que o governo apresentou.
Para chegar à maioria na governabilidade, Lula destacou ser preciso negociar para chegar a um acordo. “Foi o que aconteceu com muita persistência e habilidade do nosso ministro da Fazenda companheiro Haddad, do nosso líder Jaques Wagner, no Senado, do nosso líder na Câmara, José Guimarães, do nosso ministro Padilha da negociação”, declarou.
Ao comentar sobre a aprovação da reforma tributária na Câmara, na semana passada, Lula disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os líderes do governo no Congresso souberam negociar a pauta com o Parlamento com muita persistência e habilidade.
“Quando o governo manda um projeto de lei ao Congresso Nacional ou uma medida provisória, essa medida provisória, necessariamente, não tem que ser aprovada tal como o governo quer”, disse. “É normal que você negocie”, acrescentou, citando que parlamentares podem sugerir ideias melhores do que as que o governo apresentou.
Para chegar à maioria na governabilidade, Lula destacou ser preciso negociar para chegar a um acordo. “Foi o que aconteceu com muita persistência e habilidade do nosso ministro da Fazenda companheiro Haddad, do nosso líder Jaques Wagner, no Senado, do nosso líder na Câmara, José Guimarães, do nosso ministro Padilha da negociação”, declarou.
Na fala, Lula criticou que, muitas vezes, a negociação é tratada de forma pejorativa pela imprensa. “Não é a política do ‘é dando que se recebe’ que todo mundo fala”, disse.
“A gente não negocia com o Centrão, o Centrão não é um partido político, o Centrão se junta em função de determinadas coisas, mas habitualmente você negocia com o partido”, declarou. “Então, precisamos construir essa governabilidade.” Durante a entrevista Lula também elogiou o trabalho do relator da matéria, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). (Aguinaldo) Teve um comportamento exemplar, não brincou com a reforma tributária, levou a sério”, disse.
Além da reforma tributária, o chefe do Executivo também citou a importância da aprovação do projeto de lei que retoma o chamado "voto de qualidade" no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), na semana passada. “Tem que ter o voto de desempate, o voto de desempate é o governo que dá, e portanto o governo tem que ganhar, não só perder”, comentou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo irá apresentar um plano de enfrentamento e contenção do crescimento do desmatamento ilegal na Amazônia. "As coisas terão que ser feitas de forma legal; quem fizer ilegal, será punido", disse Lula.
Ao listar ações que o governo federal irá adotar para evitar desmatamento ilegal e queimadas, o presidente citou a abertura de concursos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em meio a críticas de um desmonte do órgão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Nós vamos jogar muito duro, não só com os instrumentos de proteção que temos no Ministério do Meio Ambiente, mas com o Ministério da Justiça, Polícia Federal, se for necessário, com a própria Forças Armadas, para que a gente proteja nossa floresta de queimada, derrubada, madeireiros, garimpeiros e crime organizado", declarou.
Na entrevista, Lula citou a Cúpula da Amazônia, marcada para 8 de agosto, em Belém, no Pará. De acordo com ele, o que os países querem é fazer da floresta "um instrumento com o mundo desenvolvido para que a gente possa se desenvolver e gerar emprego para as pessoas que moram na Amazônia". Em sua avaliação isso representa uma poderosa ferramenta de se fazer política econômica.