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Escolas de SP indicam quarentena a aluno que viajar a país com coronavírus

Direção de colégios particulares da capital, que já registrou dois casos confirmados do vírus, enviaram comunicados aos pais e alunos

Coronavírus: o Brasil tem outros 252 casos suspeitos (Flavio Lo Scalzo/Reuters)

Coronavírus: o Brasil tem outros 252 casos suspeitos (Flavio Lo Scalzo/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 2 de março de 2020 às 14h29.

São Paulo — Preocupados com o surto de coronavírus em outros países, colégios particulares de São Paulo já estão enviando comunicados aos pais e alunos recomendando quarentena em casos de famílias que voltaram de países atingidos pela doença.

Além disso, nos textos, as escolas também repassando informações sobre como se proteger da doença. O Brasil tem dois casos confirmados da doença, os dois em São Paulo. O país tem outros 252 casos suspeitos.

Em mensagem enviada aos pais, a escola americana Avenues pediu que as famílias que estiveram em países atingidos pelo coronavírus fiquem em quarentena por 14 dias após retornar de viagem. A lista inclui 16 países, entre eles Alemanha, França e Itália.

O comunicado diz que a medida pode causar inconveniente para algumas famílias. Mas ressalta que "é importante agir com cautela para reduzir o risco à nossa comunidade". A assessoria da Avenues informou que a medida é "apenas uma recomendação" às famílias.

Em comunicado aos pais, o colégio Pueri Domus afirma que, "por medida preventiva, orienta que qualquer aluno ou familiar mais próximo que tenha visitado países com surto da doença durante o carnaval avise a coordenação da escola e cumpra quarentena de 14 dias, mesmo se não apresentar sintomas da doença." O mesmo se aplica aos funcionários, de acordo com o texto.

O Pueri Domus disse à reportagem que não há uma proibição, que não se tratou de nenhuma determinação e que nenhum aluno ou colaborador foi ou será impedido de ingressar nas unidades. Segundo o colégio, crianças que viajaram e estão assintomáticas estão frequentando a escola. Não há qualquer tipo de checagem para impedir crianças que tenham ido para os países com surto da doença, de acordo com a instituição de ensino.

Além disso, em nota, o Pueri Domus informa que os alunos estão recebendo constantemente orientações à respeito das boas práticas de prevenção ao vírus. A escola tem quatro unidades e faz parte do Grupo SEB, um gigante educacional.

O colégio Oswald de Andrade enviou também um comunicado às famílias por causa do coronavírus. A escola informou que está orientando alunos, professores e colaboradores em relação a cuidados básicos para prevenção de gripes em geral. O texto recomenda que a proteção se dá através do ato de lavar as mãos frequentemente, com água e sabão, e também recomenda o uso de álcool gel.

Também ensina como descartar lenços de papel e os cuidados ao levar a mão a boca ou nariz ao tossir e espirrar. O texto diz também que a escola mantém a higienização constante da unidade de ensino.

Em carta aos pais, o colégio Santa Cruz também recomenda a importância da higienização das mãos. E solicita que não sejam levados ao colégio alunos em estado febril ou com sintomas respiratórios. E pede que o colégio seja avisado sobre diagnósticos de doenças infectocontagiosas.

Também em texto enviado aos país, por e-mail, o Dante Alighieri recomenda que alunos doentes, com sintomas como febre, tosse seca, coriza e falta de ar, e que tenham recém-chegado de viagens ao exterior, não sejam levados para a escola.

Na semana passada, em nota, a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) recomendou que as escolas mantenham as aulas regularmente e que sejam repassadas às famílias orientações quanto a medidas de higiene que possam reduzir quadros de contaminação.

O texto diz que as escolas devem orientar também as famílias e alunos que viajaram a países nos quais há mais casos de coronavírus para que procurem as autoridades sanitárias no caso de haver sintomas de gripe (febre, dor de garganta e dificuldades respiratórias).

O texto também afirma que, se o aluno tiver sintomas de gripe e tiver realizado viagem recente a países da Europa ou Ásia, ele não deve frequentar as aulas e que a escola deve ser informada para tomar providências pedagógicas de apoio ao aluno.

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