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Escola manda aluno cortar cabelo crespo e será investigada

Segundo a mãe, a diretora foi debochada e ainda reafirmou que o cabelo de Lucas era "cheio e crespo"

Alunos: segundo denúncia da mãe, a diretoria do colégio havia pedido ao garoto que cortasse o cabelo, de estilo "black power", por ser "inadequado" (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 12h44.

São Paulo - A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar uma escola privada de Guarulhos,na Grande São Paulo, por suspeita de racismo contra um menino de 8 anos.

Segundo a denúncia da mãe, a diretoria do colégio havia pedido ao garoto que cortasse o cabelo, de estilo "black power", por ser "inadequado", e depois impediu a rematrícula da criança.

A educadora Maria Izabel Neiva, de 38 anos, disse que a escola enviou em agosto um bilhete pela agenda do filho, Lucas Neiva, recomendando que ele usasse corte de cabelo mais apropriado. "Com todo o preconceito que existe, já é difícil mostrar a meu filho que ele é bonito desse jeito", relatou.

No encontro com a diretora do colégio, que durou quase três horas, Maria Izabel argumentou que o corte de cabelo não prejudicava o filho em sala de aula. "Ela falou que os outros alunos não conseguiam enxergar a lousa e que a escola não permite 'extravagâncias'", afirmou.

Segundo a mãe, a diretora foi debochada e ainda reafirmou que o cabelo de Lucas era "cheio e crespo". "Ela também disse que o Lucas era tratado com todo carinho no colégio e que não fazia sentido que eu me sentisse intimidada". A criança passou a ser vítima de chacota dos colegas após a advertência da diretoria.

Barrado

Maria Izabel reclama que, nas semanas seguintes, não recebeu qualquer aviso da diretoria sobre o período de rematrícula. "Somente na reunião de pais tive informação sobre isso. Falaram que eu perdi o prazo e que o Lucas deveria entrar na fila de espera", disse a autora da denúncia, que classificou o caso como "absurdo".

De acordo com a Polícia Civil, outra mãe de aluno deve depor sobre o caso de suposto racismo. A mulher teria conseguido, após a recusa a Maria Izabel, requerimentos de matrícula na quarta série sem a necessidade de cadastro na fila de espera. A polícia também informou que a escola foi notificada sobre o inquérito e deve comparecer ao 3º Distrito Policial da cidade para dar depoimento nesta segunda-feira, 9.

Procurado, o colégio Cidade Jardim Cumbica ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem.

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A educadora Maria Izabel Neiva, de 38 anos, disse que a escola enviou em agosto um bilhete pela agenda do filho, Lucas Neiva, recomendando que ele usasse corte de cabelo mais apropriado. "Com todo o preconceito que existe, já é difícil mostrar a meu filho que ele é bonito desse jeito", relatou.

No encontro com a diretora do colégio, que durou quase três horas, Maria Izabel argumentou que o corte de cabelo não prejudicava o filho em sala de aula. "Ela falou que os outros alunos não conseguiam enxergar a lousa e que a escola não permite 'extravagâncias'", afirmou.

Segundo a mãe, a diretora foi debochada e ainda reafirmou que o cabelo de Lucas era "cheio e crespo". "Ela também disse que o Lucas era tratado com todo carinho no colégio e que não fazia sentido que eu me sentisse intimidada". A criança passou a ser vítima de chacota dos colegas após a advertência da diretoria.

Barrado

Maria Izabel reclama que, nas semanas seguintes, não recebeu qualquer aviso da diretoria sobre o período de rematrícula. "Somente na reunião de pais tive informação sobre isso. Falaram que eu perdi o prazo e que o Lucas deveria entrar na fila de espera", disse a autora da denúncia, que classificou o caso como "absurdo".

De acordo com a Polícia Civil, outra mãe de aluno deve depor sobre o caso de suposto racismo. A mulher teria conseguido, após a recusa a Maria Izabel, requerimentos de matrícula na quarta série sem a necessidade de cadastro na fila de espera. A polícia também informou que a escola foi notificada sobre o inquérito e deve comparecer ao 3º Distrito Policial da cidade para dar depoimento nesta segunda-feira, 9.

Procurado, o colégio Cidade Jardim Cumbica ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem.

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