Neymar e Messi em amistoso Brasil e Argentina em 2012 (Rich Schultz/Stringer/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2015 às 20h01.
Genebra - A prisão de empresários no escândalo de corrupção na Fifa e o confisco de bens de executivos no Rio de Janeiro obrigam a CBF a sair em busca de novos parceiros e cancela o jogo que estava marcado para ocorrer contra a Argentina em setembro nos Estados Unidos.
No lugar de disputar a partida contra o grande rival, a CBF pode agendar amistoso na Costa Rica, contra a seleção da casa.
Há duas semanas, a reportagem revelou com exclusividade que a CBF ainda mantinha o jogo com a Argentina, o chamado Superclássico das Américas, evento criado pelo ex-presidente José Maria Marin e que era realizado pelas empresas Fullplay e pela Klefer.
A Fullplay, porém, teve seus dirigentes detidos por corrupção, enquanto a Klefer teve seus bens congelados, no âmbito da mesma investigação. Nos EUA, onde a partida ocorreria, parceiros comerciais se recusaram a assinar contratos.
À reportagem, um dos organizadores da partida, Guillermo Tofoni, apontou que a Argentina está ainda disposta a jogar contra o Brasil, mesmo fora do esquema do Superclássico.
"Seria um jogo amistoso, sem o envolvimento das empresas", indicou o empresário, apostando ainda na data de 5 de setembro em São Francisco, nos EUA.
Segundo ele, porém, a opção apresentada pelo Brasil era de disputar um amistoso contra a Costa Rica, em San José. A CBF, em e-mail à reportagem, indicou que ainda estuda opções.
"A CBF está avaliando outras possibilidades de adversários para o amistoso do dia 5", indicou.
Mas jogar contra a Costa Rica não seria sem riscos. A federação local está sem presidente, já que Eduardo Li também está preso em Zurique, na Suíça. Ele foi indiciado pelo FBI e aguarda sua extradição aos EUA.
O jogo em San José, porém, poderia ser mais confortável para a direção da CBF, que não precisaria viajar até os EUA.
Marco Polo Del Nero, presidente da entidade, está sendo investigado pelos americanos por envolvimento em esquemas de corrupção, inclusive envolvendo a Fullplay.
Em setembro, o Brasil também enfrenta os EUA, na casa do adversário. As duas partidas seriam as únicas na preparação do time de Dunga para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, a partir de outubro.