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Envolvidos no mensalão do DEM vivem consequências das denúncias

Após dois anos do escândalo, o ex-governador do DF José Roberto Arruda, seu vice Paulo Octávio e o delator do esquema, Durval Barbosa, deixaram o cenário político

O ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, quase não sai às ruas e vive cercado por seguranças durante 24 horas (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 15h31.

Brasília – Depois de dois anos, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, seu vice Paulo Octávio e o delator do esquema, Durval Barbosa, ainda sofrem as consequências do episódio conhecido como mensalão do DEM e que derrubou o governo do Distrito Federal, em 2009.

O ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, que revelou o sistema de pagamento de propina, quase não sai às ruas e vive cercado por seguranças durante 24 horas, por estar incluído no programa de proteção a testemunhas. “Esse é um preço que ele paga por ter ajudado no desmantelamento da quadrilha que atuava no governo”, afirma a advogada de Barbosa, Margareth Almeida.

Sobre se seu cliente já sofreu ameaças nesses dois anos, ela se limita a dizer que “possivelmente sim”. A advogada prefere não confirmar se Durval continua morando em Brasília, mas lembra que ele tem vínculos com a cidade. “Meu cliente nunca teve a intenção de sair de Brasília, aqui ele colabora sempre que chamado pela Justiça, e sua família está aqui.”

José Roberto Arruda foi forçado a deixar o cenário político. Após se recuperar do episódio da violação do sigilo do painel de votações do Senado em 2001, Arruda foi eleito governador em 2007, em primeiro turno.

No meio de seu mandato, ele foi surpreendido com a divulgação de um vídeo em que recebe dinheiro de Barbosa. Arruda deixou o DEM no fim de 2009, quando o partido cogitava sua expulsão após as revelações da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Continuou no governo do DF até fevereiro do ano seguinte, quando foi preso.

Segundo o advogado de Arruda, Nélio Machado, ele tem hoje uma vida discreta. “Ele está afastado e aguardando para refazer a vida. Já foi punido, perdeu o mandato e foi submetido à prisão em parâmetros fora da legalidade. Teve que reclamar no Ministério da Justiça, pois ficava com luz acesa durante a noite, e teve problema cardiológico”, lembrou Machado, acrescentando que seu cliente não tem pretensões políticas atualmente.

A Caixa de Pandora também interferiu na carreira pública do ex-vice-governador Paulo Octávio. Assim como Arruda, o empresário é acusado de receber propina de empresas que tinham contrato com o governo do Distrito Federal. Ele assumiu o governo com a saída de Arruda e deixou o cargo dias depois, pressionado pelo DEM e pela ameaça de intervenção federal no DF.

Paulo Octávio se afastou da vida política e agora se dedica exclusivamente às suas empresas. “Você imagina o que aconteceu com o Paulo, que é um empresário que tem milhares de empregados, família e se viu envolvido em tudo isso, para depois concluir que não há nada contra ele. É extremamente frustrante”, observa seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

A Operação Caixa de Pandora também derrubou a carreira de Leonardo Bandarra, ex-chefe do Ministério Público do DF, e da promotora Deborah Guerner, acusados de cobrar propina para vazar dados sigilosos. Enquanto passavam por um processo de afastamento no Conselho Nacional do Ministério Público, eles se tornaram réus em ações penais que correm na Justiça Federal.

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Brasília – Depois de dois anos, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, seu vice Paulo Octávio e o delator do esquema, Durval Barbosa, ainda sofrem as consequências do episódio conhecido como mensalão do DEM e que derrubou o governo do Distrito Federal, em 2009.

O ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, que revelou o sistema de pagamento de propina, quase não sai às ruas e vive cercado por seguranças durante 24 horas, por estar incluído no programa de proteção a testemunhas. “Esse é um preço que ele paga por ter ajudado no desmantelamento da quadrilha que atuava no governo”, afirma a advogada de Barbosa, Margareth Almeida.

Sobre se seu cliente já sofreu ameaças nesses dois anos, ela se limita a dizer que “possivelmente sim”. A advogada prefere não confirmar se Durval continua morando em Brasília, mas lembra que ele tem vínculos com a cidade. “Meu cliente nunca teve a intenção de sair de Brasília, aqui ele colabora sempre que chamado pela Justiça, e sua família está aqui.”

José Roberto Arruda foi forçado a deixar o cenário político. Após se recuperar do episódio da violação do sigilo do painel de votações do Senado em 2001, Arruda foi eleito governador em 2007, em primeiro turno.

No meio de seu mandato, ele foi surpreendido com a divulgação de um vídeo em que recebe dinheiro de Barbosa. Arruda deixou o DEM no fim de 2009, quando o partido cogitava sua expulsão após as revelações da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Continuou no governo do DF até fevereiro do ano seguinte, quando foi preso.

Segundo o advogado de Arruda, Nélio Machado, ele tem hoje uma vida discreta. “Ele está afastado e aguardando para refazer a vida. Já foi punido, perdeu o mandato e foi submetido à prisão em parâmetros fora da legalidade. Teve que reclamar no Ministério da Justiça, pois ficava com luz acesa durante a noite, e teve problema cardiológico”, lembrou Machado, acrescentando que seu cliente não tem pretensões políticas atualmente.

A Caixa de Pandora também interferiu na carreira pública do ex-vice-governador Paulo Octávio. Assim como Arruda, o empresário é acusado de receber propina de empresas que tinham contrato com o governo do Distrito Federal. Ele assumiu o governo com a saída de Arruda e deixou o cargo dias depois, pressionado pelo DEM e pela ameaça de intervenção federal no DF.

Paulo Octávio se afastou da vida política e agora se dedica exclusivamente às suas empresas. “Você imagina o que aconteceu com o Paulo, que é um empresário que tem milhares de empregados, família e se viu envolvido em tudo isso, para depois concluir que não há nada contra ele. É extremamente frustrante”, observa seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

A Operação Caixa de Pandora também derrubou a carreira de Leonardo Bandarra, ex-chefe do Ministério Público do DF, e da promotora Deborah Guerner, acusados de cobrar propina para vazar dados sigilosos. Enquanto passavam por um processo de afastamento no Conselho Nacional do Ministério Público, eles se tornaram réus em ações penais que correm na Justiça Federal.

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