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Entre presidenciáveis, Temer é o mais rejeitado no Twitter

Estudo da Scup Social mostra que metade das menções ao presidente foram negativas na rede social

Acordo: Michel Temer voltou a se pronunciar no último domingo (Adriano Machado/Reuters)

Acordo: Michel Temer voltou a se pronunciar no último domingo (Adriano Machado/Reuters)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 16 de maio de 2018 às 15h05.

Última atualização em 17 de maio de 2018 às 08h32.

São Paulo –  Ao completar dois anos à frente do Palácio do Planalto no último sábado (12), o presidente Michel Temer (MDB) usou seu perfil no Twitter para fazer um balanço de sua gestão. Na publicação, curtida por 727 usuários, ele afirmou que retirou o Brasil de sua mais grave recessão, estancou o desemprego e recuperação a responsabilidade fiscal do país.

Desde o ano passado o emedebista intensificou ações nas redes sociais para tentar impulsionar sua popularidade com o eleitorado.

Apesar dos esforços, a estratégia parece não ter surtido efeito: Temer, que cogita a reeleição, foi o presidenciável com o maior índice de rejeição no Twitter no mês de abril, segundo levantamento realizado pela Scup Social para EXAME.

De acordo com a sondagem, que monitora a rede social desde março com as manifestações espontâneas dos internautas sobre os pré-candidatos, 49,8% das menções com o nome do presidente foram negativas. Em seguida, 28,4% expressaram comentários negativos sobre a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM), que aparece em terceiro lugar no ranking, com 26,1%.

Quem surpreende é Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e pré-candidato do PSOL. No levantamento realizado antes da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Boulos somava a maior proporção de mensagens negativas entre os pré-candidatos à presidência. Na pesquisa atual, ele lidera a lista de menções positivas, com 50,9%. Vale lembrar que em seu discurso antes de ser preso, Lula elogiou o pré-candidato.

Já o ex-presidente Lula, mesmo preso, aparece com 37,3% de comentários positivos ante 24,1% em março.

O estudo da Scup mostra também que o presidenciável mais mencionado na rede social foi o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Em abril, foram 5.089 tuítes que continham a hashtag com o seu nome - 24,8% com menções positivas e 25,4% negativas.

Lula foi o segundo pré-candidato com a maior quantidade de menções na rede (4.847), seguido por Manuela D'Ávila (1.513) e Marina Silva (473).

Vale ressaltar que o estudo da Scup Social tem como recorte a opinião de usuários do Twitter e não expressa necessariamente a vontade da maioria dos brasileiros. A ferramenta captou manifestações espontâneas. Não sendo, portanto, uma pesquisa de abordagem do tipo “opinião”, feita nas ruas.

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