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Empresas negam problemas nos estudos de usina na Amazônia

De acordo com a empresa, não há falhas no projeto nem serão necessários novos estudos, mas apenas informações complementares


	De acordo com o Grupo Tapajós, não há falhas no projeto da construção da hidrelética, nem serão necessários novos estudos
 (Wev’s Bronw/Creative Commons)

De acordo com o Grupo Tapajós, não há falhas no projeto da construção da hidrelética, nem serão necessários novos estudos (Wev’s Bronw/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 08h55.

Brasília - Apesar de todos os problemas apontados pelo Ibama, o Grupo Tapajós, liderado pela estatal Eletrobras, negou que o estudo de impacto ambiental de São Luiz do Tapajós, a última grande hidrelétrica do Brasil em plena Floresta Amazônica, tenha falhas.

"Não existem falhas, há complementações que estão sendo integradas", declarou o grupo. Segundo os empresários, trata-se de "pontos importantes que, na opinião dos analistas, geraram dúvidas ou não tiveram suficiente argumentação por parte dos especialistas contratados para elaborar os estudos".

De acordo com a empresa, não serão necessários novos estudos, mas apenas informações complementares. "Temos 70% das respostas e pretendemos prestar todos os esclarecimentos ao Ibama até o fim de junho", informou o Grupo Tapajós, que trabalha com a expectativa de obter a licença prévia da hidrelétrica em novembro.

Questionado sobre o fato de que o conceito de "usina plataforma" foi descartado pelos analistas e que o projeto terá o mesmo tratamento dado a empreendimentos como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, hidrelétricas em construção na região amazônica, o grupo declarou que São Luiz "é uma usina de pequeno impacto" e que tem "características diferenciadas em relação a outros empreendimentos hidrelétricos de grande porte na região".

Segundo os empresários, trata-se de um modelo "com foco no respeito e no mínimo impacto ao meio ambiente e nas populações, e na maior recomposição ambiental possível, pois vai preservar as características existentes".

Eles afirmaram ainda que o rio será o meio de transporte principal durante a construção, que será feita "sem a instalação de vilas operárias, cidade e centros comerciais no entorno, reduzindo a possibilidade de grandes migrações".

Os estudos da usina foram apresentados em junho de 2014 e, segundo o Grupo Tapajós, resultou em "informações pioneiras" para o país. Além da Eletrobras, o grupo é formado pelas empresas Electricité de France (EDF), Copel, Endesa Brasil, Cemig, Camargo Corrêa, GDF Suez e Neoenergia.

Prevista para custar R$ 31 bilhões, São Luiz prevê potência máxima de 8.040 MW, o suficiente para atender até 20 milhões de residências. A área do reservatório atingiria 729 km² de mata virgem, com uma barragem de 7,6 km, de uma margem à outra do Tapajós.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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