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Empresas ligadas à Santa Casa de SP têm sigilo quebrado

A Justiça decretou quebra do sigilo bancário e fiscal de 22 pessoas físicas e jurídicas ligadas à administração da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia


	Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: a instituição, que recebe repasses do Sistema Único de Saúde, acumula dívida que pode chegar a R$ 773 milhões
 (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: a instituição, que recebe repasses do Sistema Único de Saúde, acumula dívida que pode chegar a R$ 773 milhões (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 22h42.

São Paulo - A Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público (MP) e decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 22 pessoas físicas e jurídicas ligadas à administração da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Entre os alvos, estariam o provedor licenciado e advogado Kalil Rocha Abdalla, a mulher e o filho dele.

O pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal foi feito pela promotora de Direitos Humanos Dora Martin Strilicherk, da área da Saúde Pública, nos inquéritos civis que investigam irregularidades nas contratações da Santa Casa.

A instituição, que recebe repasses do Sistema Único de Saúde (SUS), acumula dívida que pode chegar a R$ 773 milhões, de acordo com auditoria feita pela Secretaria da Saúde do Estado.

Por causa da dívida e da suposta má gestão administrativa, a Santa Casa reduziu drasticamente o atendimento à população. Investigação do MP indica a existência de uma rede de ligações entre as empresas contratadas, funcionários da entidade e familiares de funcionários, apontando para a necessidade de investigação simultânea tanto no âmbito fiscal quanto jurídico.

O processo corre sob sigilo. Em setembro de 2014, a Irmandade divulgou que devia R$ 433 milhões a bancos e fornecedores. Em julho, fechou o pronto-socorro por 30 horas por falta de recursos para a compra de materiais e remédios.

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