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Empresário explica como que WTorre saiu da disputa do Cenpes

Os investigadores da Operação Lava Jato afirmam que a WTorre teria recebido R$ 18 milhões para desistir da licitação do Cenpes

Fundador da WTorre: os investigadores da Operação Lava Jato afirmam que a WTorre teria recebido R$ 18 milhões para desistir da licitação do Cenpes (Claudio Rossi/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 12h36.

São Paulo - À Procuradoria da República, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, relatou um encontro com o empresário Walter Torre Júnior, controlador da WTorre , em sua casa para confirmar a saída da empreiteira das obras do Cento de Pesquisas da Petrobras , (Cenpes), no Rio .

Os investigadores da Operação Lava Jato afirmam que a WTorre teria recebido R$ 18 milhões para desistir da licitação do Cenpes.

A Justiça mandou a Polícia Federal conduzir coercitivamente Walter Torre na Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda feira, 1.

A Petrobras, em 2007, submeteu à licitação três grandes obras, entre elas, o Cenpes. A OAS, a Carioca Engenharia, a Construbase Engenharia, a Schahin Engenharia e a Construcap CCPS Engenharia, integrantes do Consórcio Novo Cenpes, ficaram com a obra do Centro.

Segundo a investigação, houve "um imprevisto" na licitação do Cenpes, pois a WTorre, que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior em cerca de R$ 40 milhões a menos.

As empresas que formavam o Consórcio Novo Cenpes teriam acertado, então, propina de R$ 18 milhões para que a WTorre abandonasse o certame, permitindo que o Consórcio renegociasse o preço com a Petrobras.

Concretizado o acerto, o Consórcio Novo Cenpes celebrou, em 21 de janeiro de 2008, contrato com a Petrobras no valor de R$ 849.981.400,13.

O Ministério Público Federal questionou Ricardo Pernambuco Júnior sobre quem teria procurado Walter Torre para discutir a licitação do Cenpes.

"Foram feitas essas negociações, na qual em algum momento o Léo (Pinheiro, da OAS) passou a ter uma relação direta com o Walter Torre. Teve inclusive um último encontro num domingo (no qual) eu não pude ir. Mas que o Léo, depois, por mensagem, me comunicou que estava tudo sacramentado com a Walter Torre. Não disse assim, mas disse: "Vocês me fizeram trabalhar num domingo. Tá tudo Ok", relatou Pernambuco Júnior.

"O Walter Torre conhecia a mim deste consórcio anterior", disse Pernambuco Júnior. "O Walter Torre foi à minha casa (...) para dizer: 'tá tudo ok?' Eu disse tá tudo ok. O que você combinou com o Léo nós vamos cumprir, o consórcio como um todo."

Defesa

Por meio de nota, o Grupo WTorre disse que "não teve participação na obra de expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras; que não recebeu ou pagou a agente público ou privado nenhum valor referente a esta ou a qualquer outra obra pública".

"O Grupo WTorre forneceu a documentação referente ao orçamento desta licitação que ainda se encontrava na empresa e segue à disposição das autoridades", diz o texto.

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São Paulo - À Procuradoria da República, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, relatou um encontro com o empresário Walter Torre Júnior, controlador da WTorre , em sua casa para confirmar a saída da empreiteira das obras do Cento de Pesquisas da Petrobras , (Cenpes), no Rio .

Os investigadores da Operação Lava Jato afirmam que a WTorre teria recebido R$ 18 milhões para desistir da licitação do Cenpes.

A Justiça mandou a Polícia Federal conduzir coercitivamente Walter Torre na Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda feira, 1.

A Petrobras, em 2007, submeteu à licitação três grandes obras, entre elas, o Cenpes. A OAS, a Carioca Engenharia, a Construbase Engenharia, a Schahin Engenharia e a Construcap CCPS Engenharia, integrantes do Consórcio Novo Cenpes, ficaram com a obra do Centro.

Segundo a investigação, houve "um imprevisto" na licitação do Cenpes, pois a WTorre, que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior em cerca de R$ 40 milhões a menos.

As empresas que formavam o Consórcio Novo Cenpes teriam acertado, então, propina de R$ 18 milhões para que a WTorre abandonasse o certame, permitindo que o Consórcio renegociasse o preço com a Petrobras.

Concretizado o acerto, o Consórcio Novo Cenpes celebrou, em 21 de janeiro de 2008, contrato com a Petrobras no valor de R$ 849.981.400,13.

O Ministério Público Federal questionou Ricardo Pernambuco Júnior sobre quem teria procurado Walter Torre para discutir a licitação do Cenpes.

"Foram feitas essas negociações, na qual em algum momento o Léo (Pinheiro, da OAS) passou a ter uma relação direta com o Walter Torre. Teve inclusive um último encontro num domingo (no qual) eu não pude ir. Mas que o Léo, depois, por mensagem, me comunicou que estava tudo sacramentado com a Walter Torre. Não disse assim, mas disse: "Vocês me fizeram trabalhar num domingo. Tá tudo Ok", relatou Pernambuco Júnior.

"O Walter Torre conhecia a mim deste consórcio anterior", disse Pernambuco Júnior. "O Walter Torre foi à minha casa (...) para dizer: 'tá tudo ok?' Eu disse tá tudo ok. O que você combinou com o Léo nós vamos cumprir, o consórcio como um todo."

Defesa

Por meio de nota, o Grupo WTorre disse que "não teve participação na obra de expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras; que não recebeu ou pagou a agente público ou privado nenhum valor referente a esta ou a qualquer outra obra pública".

"O Grupo WTorre forneceu a documentação referente ao orçamento desta licitação que ainda se encontrava na empresa e segue à disposição das autoridades", diz o texto.

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