Empresa de segurança de Londres 2012 desiste da Copa 2014
G4S anunciou, nesta terça-feira, que deixará de concorrer pelos contratos dos dois eventos esportivos mundiais que ocorrerão no Brasil
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2012 às 23h25.
Londres - Após o fiasco na organização da segurança dos Jogos Olímpicos de Londres , a empresa G4S anunciou nesta terça-feira que desistiu de concorrer aos contratos dos dois próximos grandes esportivos mundiais: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos de 2016, ambos no Brasil.
Diante de uma comissão do Parlamento britânico que fiscaliza a segurança olímpica, o executivo-chefe da empresa, Nick Buckles, se disse envergonhado por não ter conseguido cobrir todos os postos de segurança requeridos e reiterou suas desculpas, mas se negou a renunciar ao cargo.
A dez dias do início dos Jogos, a britânica G4S, que caiu 15% na bolsa em menos de uma semana, espera disponibilizar ao máximo 7 mil guardas particulares durante os Jogos Olímpicos, enquanto o Governo considerava necessários 10,4 mil para garantir a segurança nos locais pelos quais os atletas passarão.
Para proteger esses locais, o Exército britânico colocará em ação 3,5 mil soldados adicionais, que se juntarão aos 13,5 mil que já estavam mobilizados, um contingente extra que será totalmente custeado pela G4S.
"Estamos arrependidos de ter assinado este contrato, mas agora é preciso seguir adiante. Não era especialmente lucrativo. Ironicamente, pensamos que serviria para que a empresa ganhasse reputação", explicou o diretor aos deputados.
O acordo representaria para a empresa um lucro de 10 milhões de libras (R$ 31,7 milhões de euros). Por outro lado, haverá segundo Buckles um forte impacto econômico, com perdas próximas a 50 milhões de libras (R$ 158,7 milhões de euros), cerca de 10% de seus lucros anuais.
Dada a experiência com os Jogos de Londres, o diretor revelou que a G4S decidiu na última semana não se apresentar ao concurso para tramitar a segurança na próxima edição do evento, no Rio de Janeiro, nem para o Mundial de 2014, em 12 cidades brasileiras.
Apesar da falta de efetivos de segurança particular em Londres-2012, o presidente do Comitê Organizador Local (Locog), Sebastian Coe, garantiu que o plano olímpico não será afetado, já que todos os espaços vagos serão cobertos com soldados ou policiais.
"O Exército agora está muito mais envolvido (na segurança olímpica), e confiamos que seremos capazes de organizar Jogos seguros", salientou em comunicado a Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
Em dezembro de 2010, a G4S assinou um primeiro contrato para treinar a 2 mil agentes de segurança particular, um acordo que depois foi ampliado. Em 2012, começou os cursos de formação para 20 mil das cerca de 110 mil pessoas que apresentaram uma solicitação para trabalhar nos Jogos.
Vários meses depois dos cursos, no entanto, muitos dos selecionados não se apresentaram em seus postos de trabalho, devido a que nesse prazo encontraram outro emprego ou simplesmente perderam o interesse pela vaga, reconheceu Buckles.
"Fomos atrás de pessoas desempregadas, estudantes e gente que buscasse trabalho durante as férias", expôs o diretor, que informou que seus agentes cobrarão 8,50 libras a hora (R$ 27) por hora durante a Olimpíada.
Para o deputado Alun Michael, o problema é que a maioria das pessoas que foram formadas não tinha assinado um contrato nem começariam a cobrar até o início dos Jogos.
"A maioria não sabia se tinha ou não trabalho. Eles deveriam ter recebido um mínimo, e deveria ter sido dito a eles que teriam que devolver o custo dos dias de formação e dos uniformes", considerou o deputado.
Londres - Após o fiasco na organização da segurança dos Jogos Olímpicos de Londres , a empresa G4S anunciou nesta terça-feira que desistiu de concorrer aos contratos dos dois próximos grandes esportivos mundiais: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos de 2016, ambos no Brasil.
Diante de uma comissão do Parlamento britânico que fiscaliza a segurança olímpica, o executivo-chefe da empresa, Nick Buckles, se disse envergonhado por não ter conseguido cobrir todos os postos de segurança requeridos e reiterou suas desculpas, mas se negou a renunciar ao cargo.
A dez dias do início dos Jogos, a britânica G4S, que caiu 15% na bolsa em menos de uma semana, espera disponibilizar ao máximo 7 mil guardas particulares durante os Jogos Olímpicos, enquanto o Governo considerava necessários 10,4 mil para garantir a segurança nos locais pelos quais os atletas passarão.
Para proteger esses locais, o Exército britânico colocará em ação 3,5 mil soldados adicionais, que se juntarão aos 13,5 mil que já estavam mobilizados, um contingente extra que será totalmente custeado pela G4S.
"Estamos arrependidos de ter assinado este contrato, mas agora é preciso seguir adiante. Não era especialmente lucrativo. Ironicamente, pensamos que serviria para que a empresa ganhasse reputação", explicou o diretor aos deputados.
O acordo representaria para a empresa um lucro de 10 milhões de libras (R$ 31,7 milhões de euros). Por outro lado, haverá segundo Buckles um forte impacto econômico, com perdas próximas a 50 milhões de libras (R$ 158,7 milhões de euros), cerca de 10% de seus lucros anuais.
Dada a experiência com os Jogos de Londres, o diretor revelou que a G4S decidiu na última semana não se apresentar ao concurso para tramitar a segurança na próxima edição do evento, no Rio de Janeiro, nem para o Mundial de 2014, em 12 cidades brasileiras.
Apesar da falta de efetivos de segurança particular em Londres-2012, o presidente do Comitê Organizador Local (Locog), Sebastian Coe, garantiu que o plano olímpico não será afetado, já que todos os espaços vagos serão cobertos com soldados ou policiais.
"O Exército agora está muito mais envolvido (na segurança olímpica), e confiamos que seremos capazes de organizar Jogos seguros", salientou em comunicado a Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
Em dezembro de 2010, a G4S assinou um primeiro contrato para treinar a 2 mil agentes de segurança particular, um acordo que depois foi ampliado. Em 2012, começou os cursos de formação para 20 mil das cerca de 110 mil pessoas que apresentaram uma solicitação para trabalhar nos Jogos.
Vários meses depois dos cursos, no entanto, muitos dos selecionados não se apresentaram em seus postos de trabalho, devido a que nesse prazo encontraram outro emprego ou simplesmente perderam o interesse pela vaga, reconheceu Buckles.
"Fomos atrás de pessoas desempregadas, estudantes e gente que buscasse trabalho durante as férias", expôs o diretor, que informou que seus agentes cobrarão 8,50 libras a hora (R$ 27) por hora durante a Olimpíada.
Para o deputado Alun Michael, o problema é que a maioria das pessoas que foram formadas não tinha assinado um contrato nem começariam a cobrar até o início dos Jogos.
"A maioria não sabia se tinha ou não trabalho. Eles deveriam ter recebido um mínimo, e deveria ter sido dito a eles que teriam que devolver o custo dos dias de formação e dos uniformes", considerou o deputado.