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Emprego com carteira assinada cresceu 8,6% em um ano

Crescimento no número de vagas com carteira assinada é maior do que na economia informal

Carteiras de trabalho: o desemprego bateu recorde de baixa no mês (Jorge Rosenberg/Veja/VEJA)

Carteiras de trabalho: o desemprego bateu recorde de baixa no mês (Jorge Rosenberg/Veja/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2010 às 11h19.

Rio de Janeiro - O mercado de trabalho brasileiro gerou 816 mil vagas de emprego com carteira assinada a mais em setembro deste ano, quando comparado ao mesmo mês do ano passado. O aumento é de 8,6%, segundo informações da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento dos empregos com carteira assinada foi superior ao crescimento do total de postos de trabalho, que foi de 3,5%, totalizando 762 mil novas vagas em setembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a população ocupada chegou a 53,7% do total da população em idade ativa no país.

A taxa de desemprego foi de 6,2% em setembro, o menor patamar desde março de 2002, quando se iniciou a série histórica do IBGE. Na média de janeiro a setembro, a taxa de desemprego é de 7,1%, ou seja, 1 ponto percentual menor do que os nove primeiros meses de 2008, justamente o período anterior à crise econômica mundial.

Segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, o crescimento do mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico brasileiro. “Há um cenário econômico que favorece o mercado de trabalho a contratar, ou seja, a abrir postos de trabalho, com investimentos maiores. E não é só a geração de postos de trabalho, há um aumento do emprego de qualidade, ou seja, mais pessoas têm sido contratadas com carteira de trabalho assinada. O poder de compra da população, no que diz respeito a rendimento de trabalho, também tem aumentado”, afirmou.

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a menor taxa de desemprego foi registrada em Porto Alegre (4,1%), seguida por Belo Horizonte (4,9%) e Rio de Janeiro (5,3%), todas abaixo da média nacional de 6,2%. Já as demais capitais tiveram taxas acima da média: São Paulo (6,3%), Recife (8,8%) e Salvador (10,3%).

Entre os grupos de atividades, os destaques na geração de empregos ficaram com outros serviços (que inclui o setor de hotelaria e restaurantes), com geração de 301 mil empregos entre setembro de 2009 e setembro deste ano; educação, saúde e administração pública, com mais 206 mil empregos; e serviços prestados a empresas, com 145 mil novas vagas.

Já a indústria contratou 125 mil pessoas a mais em setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Mas entre agosto e setembro deste ano, a indústria perdeu 22 mil vagas. Segundo Cimar Azeredo, a explicação está na perda de empregos na indústria paulista, que perdeu 59 mil postos de trabalho nos últimos dois meses.

“Esses resultados na queda da indústria em São Paulo devem ser vistos com atenção, porque isso pode ser prejudicial no conjunto do mercado de trabalho brasileiro, se isso perdurar até dezembro”, disse Azeredo.

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