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Empate técnico no Rio acende alerta na campanha de Dilma

Pesquisas indicam empate técnico entre os dois candidatos no Rio de Janeiro


	Dilma Rousseff durante ato público em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro
 (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Dilma Rousseff durante ato público em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 20h22.

Rio - Pesquisas internas encomendada por partidos aliados tanto da presidente Dilma Rousseff quanto do tucano Aécio Neves indicam empate técnico entre os dois candidatos no Rio de Janeiro e acenderam sinal de alerta na campanha petista.

Para tentar frear o crescimento do adversário, Dilma fará duas grandes visitas ao Estado, concentradas em áreas de baixa renda, no próximo sábado e no dia 22 ou 23. Na segunda visita é esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Rio é o terceiro colégio eleitoral do País, com 12 milhões de votantes.

O PT comemorou a vitória de Dilma no Estado, no primeiro turno, com 35,6% dos votos, mas causou preocupação o fato de que a presidente teve a menor votação proporcional de um candidato petista a presidente desde 1998.

Pela primeira vez nesse período o eleitorado fluminense deu menos de 40% dos votos ao candidato do PT.

No sábado, 18, Dilma vai a São Gonçalo (região metropolitana), segundo colégio eleitoral do Estado, para uma caminhada com o candidato a governador Marcelo Crivella (PRB).

Depois, participa de carreata e de um encontro com prefeitos na zona oeste da capital, ao lado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), adversário de Crivella no segundo turno.

Na véspera, uma grande mobilização pró Dilma e Pezão vai ocupar ruas de bairros carentes e favelas da zona norte, onde a vantagem de Dilma sobre Aécio é pequena.

No dia 22 ou 23, Dilma deve participar com Lula de um comício na Cinelândia. Também estão previstas visitas à Feira de São Cristóvão, da comunidade nordestina, e ao município de Duque de Caxias (Baixada Fluminense).

"Aécio tem captado o sentimento de mudança. Nossa reação será ampliar a vantagem da presidente Dilma nas áreas mais populares e mostrar como as parcerias da União com o Estado e o município do Rio foram importantes para a população", diz o deputado reeleito Pedro Paulo (PMDB-RJ), um dos responsáveis pela mobilização da campanha de reeleição da presidente e do governador Pezão.

"O encontro com prefeitos e líderes comunitários será um chamamento para o pessoal ir para a rua na última semana da campanha", diz o deputado.

Segundo pesquisas não registradas encomendadas por partidos, Dilma tem grande vantagem sobre Aécio na região metropolitana, excluída a capital, onde os dois estão em empate técnico. O tucano está na frente com folga no interior.

No primeiro turno, Aécio ficou tem terceiro lugar no Estado, com 26,9%, e a candidata do PSB, Marina Silva, que anunciou apoio ao tucano no segundo turno, chegou em segundo, com 31%.

Para os aliados do tucano, boa parte do eleitorado de Marina, em especial de baixa renda, já se decidiu por Aécio.

"Aécio está crescendo no interior e em áreas mais pobres, o que mostra que virou uma onda", comemora o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, líder do movimento "Aezão", que prega o voto em Pezão e Aécio.

Picciani liderou a dissidência do partido e retirou apoio a Dilma no fim do ano passado, quando o PT-RJ decidiu lançar candidatura própria para o governador.

O petista Lindbergh Farias ficou em quarto lugar na disputa, com 10%, e agora apoia Crivella. Parte do PT, porém, aliou-se a Pezão no segundo turno.

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