Em SP, Marina reúne-se com simpatizantes e grava programa
Ao falar de sua origem humilde e negar as acusações de que seja mentirosa ou fundamentalista, candidata levou muitas das pessoas presentes ao evento às lágrimas
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2014 às 19h50.
São Paulo - Em encontro com militantes e simpatizantes de sua candidatura, a ex-senadora Marina Silva , que disputa a Presidência da República pelo PSB , fez hoje o discurso mais enfático e emocionado de sua campanha.
Ao falar de sua origem humilde e negar as acusações de que seja mentirosa ou fundamentalista, Marina levou muitas das pessoas presentes ao evento às lágrimas.
Segundo Marina, a verdade sobre os fatos um dia aparecerá, como está acontecendo atualmente com as violações de direitos humanos durante a ditadura militar.
“Um dia, essa verdade será dita dos que mentiram, dos que caluniaram, passe o tempo que passar. E eu vou continuar fazendo o que me determinei [a fazer]”, disse a candidata.
Ela também voltou a criticar os adversários, por não terem apresentado ainda seus programas de governo.
No encontro com os simpatizantes, no Espaço do Bosque, na zona oeste de São Paulo, Marina gravou programa o horário eleitoral gratuito.
Estavam presentes artistas, como o músico Arnaldo Antunes, educadores, economistas, políticos e vários ativistas dos movimentos negro, indígena, gay, estudantil e feminista.
Em discurso de cerca de 41 minutos, Marina falou brevemente sobre algumas de suas propostas, como o passe livre, a educação em tempo integral, a destinação de 10% da receita corrente bruta da União para a saúde e a demarcação de terras indígenas.
“Vamos continuar, sim, demarcando a terra dos índios”, afirmou a candidata. Ela ressaltou que seu programa pretende “manter e aprofundar as conquistas, ampliar a democracia e assumir o desafio do desenvolvimento sustentável sem ter atitude de complacência com os erros cometidos”.
Marina prometeu que, se for eleita, garantirá a independência da Polícia Federal (PF) nas investigações. Ela explicou que a PF é órgão de Estado, e não de governo e que, quando investiga, "é o Estado brasileiro que está investigando".
A candidata enfatizou que quer ver um Estado que funcione, um Tribunal de Contas que funcione, um Ministério Público que possa investigar o interesse da sociedade e uma Polícia Federal que possa fazer, sim, sua investigação com independência. É a única forma de salvarmos a nós mesmos.”
Após o evento, estava prevista uma entrevista coletiva da candidata, que, por estar rouca, foi substituída por um dos coordenadores da campanha, o ex-deputado Walter Feldman.
Ele informou aos jornalistas que a coligação de Marina entraria ainda hoje com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo apuração e investigação sobre a queda no site da campanha no último dia 12.