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Em reunião, Bolsonaro pede foco na reforma e pacificação no Congresso

Greve dos caminhoneiros também esteve no radar do encontro no Palácio do Planalto

Bolsonaro e Maia: governo tenta superar crise instalada entre os dois poderes na última semana (José Dias/PR/Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de março de 2019 às 14h33.

Última atualização em 25 de março de 2019 às 15h26.

Brasília — Em reunião com ministros na manhã desta segunda-feira, 25, o presidente da República, Jair Bolsonaro , recomendou foco total esta semana para tentar viabilizar a proposta da reforma da Previdência , que enfrenta resistência no Congresso e é vista como o principal projeto do governo nos primeiros meses da administração.

Após divergências públicas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro também recomendou que os ministros busquem "pacificação" com a Casa, segundo auxiliares.

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Não se falou, no entanto, sobre um possível encontro entre Bolsonaro e o deputado, hipótese que chegou a ser ventilada na semana passada.

Bolsonaro e os ministros também discutiram no encontro a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros no país, que, segundo assessores, é "monitorada com atenção".

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, o governo acompanha as primeiras movimentações de caminhoneiros. A classe entende que os principais compromissos assumidos pelo governo Michel Temer no ano passado não estão sendo cumpridos. Os monitoramentos são feitos pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Participaram da reunião da manhã os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Segurança Institucional).

Bolsonaro ainda terá nova conversa com Guedes no período da tarde. Onyx, por sua vez, vai definir as estratégias de articulação dos próximos dias com líderes do governo no Congresso, às 17 horas.

Novo embaixador

O embaixador Luís Fernando Serra confirmou ter sido convidado para assumir a embaixada do Brasil na França. "Nós concordamos em tudo, desde que nos conhecemos em Seul, quando eu era embaixador lá", disse. O embaixador disse que Bolsonaro não fez nenhum pedido ou recomendação.

Serra entrou no Itamaraty em 1972. Sua indicação já foi enviada à França, disse ele. Depois disso, seu nome será submetido à sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado e, em seguida, ao Plenário da Casa.

Há cerca de dez dias, Bolsonaro afirmou que vai trocar os embaixadores de 15 países em que o Brasil tem representação - entre eles Estados Unidos e França.

O presidente disse estar insatisfeito com a imagem que tem sido propagada sobre si no exterior, que inclui os termos ditador, racista e xenófobo.

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