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Em resposta a ataques do PCC, PM de SP faz operação na Baixada Santista

Policiais foram alvos de tiros em dois diferentes episódios na segunda-feira

Agência o Globo
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Publicado em 16 de outubro de 2024 às 15h27.

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A Polícia Militar de São Paulo deu início a uma operação com 280 policiais na Baixada Santista depois de uma série de eventos recentes colocarem em alerta as forças de segurança do estado. Na segunda-feira, 14, policiais foram alvos de tiros em dois diferentes episódios. Dias antes, agentes penitenciários da Penitenciária de Parelheiros apreenderem com detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) um “salve geral” contra policiais penais.

O comandante da Polícia Militar do estado, coronel Cássio Araújo de Freitas, afirmou que a operação, batizada de Impacto e com início horas depois do primeiro ataque, é preventiva. Freitas reforçou que se trata de uma ação de “asfalto”, diferentemente das operações Escudo e Verão, marcadas pelas incursões nas comunidades e pela alta letalidade policial.

— Esse ano teve outra vez lá na Baixada também. Isso acontece como uma medida preventiva. Não é só quando você tem alguma coisa confirmada. Não sei se alguém ficou assustado com isso, eu me sentiria mais seguro — disse Freitas.

Os dois ataques a policiais ocorreram na Vila Gilda, no Guarujá, um bairro com forte presença do PCC. Dois homens em uma moto se aproximaram de uma base da PM e atiraram cinco vezes contra dois policiais em serviço. Horas depois, integrantes das Rondas com Motocicletas (Rocam) foram alvos de tiros.

Na terça-feira, 15, o coronel Freitas colocou as tropas da corporação de todo o estado em alerta, de “sobreaviso nível 2”. Apesar de poderem tirar folga, os policiais precisam estar preparados para assumir seus postos assim que convocados.

No fim de semana, um caminhão da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP) pegou fogo em São Paulo, com policiais penais presentes. Outro foi alvo de possível tentativa de assalto na Rodovia Fernão Dias.

Os episódios ocorreram dias depois que um “salve geral” foi apreendido com detentos da Penitenciária de Parelheiros, na zona sul de São Paulo. A carta, escrita à mão, determinava que agentes penitenciários sejam identificados por integrantes do PCC.

O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MPSP), minimizou o “salve”.

— Isso não foi confirmado nem pela minha equipe nem pela própria SAP. O suposto “salve geral” não foi apreendido em nenhuma outra unidade prisional e nem mesmo pelas nossas investigações em curso, além do que a carta não apresenta para nós indícios de ter partido da sintonia final do PCC — disse Gakiya. — Os tiros disparados contra a base policial no Guarujá me parecem mais uma retaliação local contra os policiais da Baixada do que algum tipo de cumprimento do suposto "salve geral".

O coronel Freitas afirmou que “não há nada que indique que está tendo “salve” de organização criminosa. Ele descartou que o caminhão da SAP tenha sofrido um atentado. Segundo ele, o veículo teve um problema mecânico, foi deixado no local e, no dia seguinte, estava queimado.

— Foi mais um vandalismo. Não há nada que nos leve a fazer essa conexão entre os eventos — pontuou Freitas.

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