Em nota, PT chama administração da Petrobras de "entreguista"
Para o partido, Pedro Parente, chamado de "ministro do apagão" pela legenda, foi "o mais notório representante dos interesses do capital internacional"
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de junho de 2018 às 19h39.
São Paulo - Em nota oficial, o PT chamou nesta sexta-feira, 1º, de "entreguista e criminosa" a atual administração da Petrobras e afirmou que a renúncia de Pedro Parente demonstra a "inviabilidade" da política de reajustes e importação de combustíveis. "Não basta trocar o presidente da Petrobras para enfrentar a crise dos combustíveis", diz o texto.
Para o partido, Pedro Parente , chamado de "ministro do apagão" pela legenda, foi "o mais notório representante dos interesses do capital internacional" e sua renúncia expõe a crise interna do governo Temer e de sua pauta "antinacional e antipovo". A nota ressalta a queda de 30% na produção brasileira de petróleo e critica o aumento das importações de óleo diesel americano, que atingiram, segundo a sigla, 82% do consumo interno. "Essa política antinacional produziu 229 aumentos dos combustíveis em 24 meses", destaca.
O texto acusa Parente de divulgar balanços "falsos" em interesse dos acionistas privados da Petrobras e defende a abertura de uma CPI para apurar "quem ganhou com a gestão criminosa da estatal nos últimos dois anos". O partido manifesta apoio à Federação Única dos Petroleiros (FUP), "que historicamente defende a Petrobras", e critica a imprensa por "censurar" as denúncias da FUP à gestão de Parente.
Por fim, a nota afirma que a única saída para a atual crise política envolve eleições "livres e democráticas, com a participação de todas as forças políticas", e antecipa que o PT lançará oficialmente a pré-candidatura do ex-presidente Lula na próxima sexta-feira, 8 de junho.