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Em menos de 1 mês, 17 detentos morreram em prisões do RJ

Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), foram abertas sindicâncias internas para apurar todos os casos

Prisão: os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) que vai investigar a causa da morte (Getty/Getty Images)

Prisão: os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) que vai investigar a causa da morte (Getty/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 12h18.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 12h47.

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro informou hoje (19) que nos primeiros 19 dias do ano 17 detentos morreram nas 50 unidades do sistema penitenciário do estado.

Uma nota da Seap informa que foram abertas sindicâncias internas para apurar todos os casos. Além disso, os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) que vai investigar a causa da morte.

Bangu

Mais cedo, a Seap havia divulgado nota informando que na última segunda-feira (16), um detento foi encontrado morto em sua cela, no Complexo Penitenciário de Gericinó, mais conhecido como Bangu.

De acordo com a Seap, inspetores de segurança e administração penitenciária da Cadeia Pública Pedro Melo da Silva foram chamados à cela por presos que diziam que Diego Maradona Silva Souza estava passando mal.

Ao chegarem, os agentes constataram que Diego estava morto. A causa da morte depende de um laudo do Instituto Médico Legal (IML). "Cabe ressaltar que o interno estava com outros cinco detentos em uma cela, chamada "seguro", separada dos demais internos desta unidade. Os outros companheiros de cela também estavam no seguro", diz a nota da Seap.

"Ele era um preso provisório e a quantidade de presos provisórios morrendo é imensa. As piores unidades prisionais são as de presos provisórios, porque estão mais superlotadas", disse o coordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário da Defensoria Pública do Estado, Marlon Barcelos.

Greve

A morte ocorreu um dia antes do início da greve dos agentes penitenciários, na terça-feira. O movimento manteve apenas serviços essenciais nas prisões, como a alimentação, o atendimento médico de emergência e o cumprimento de alavarás de soltura.

A previsão inicial era de que a greve iria se estender até a próxima segunda-feira (23), mas uma decisão judicial na noite de ontem determinou que movimento seja encerrado.

A Agência Brasil ainda não conseguiu entrar em contato com o Sindicato dos Servidores do Sistema Penal para comentar a decisão.

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