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Em meio à comoção, Chapecó suspende aulas por dois dias

Torcedores das cidades vizinhas estão fazendo uma corrente de oração, e jogadores da categoria de base também participam de homenagens

Chapecó: comoção é geral na cidade e nos municípios vizinhos (Ddcostella/Wikimedia Commons)

Chapecó: comoção é geral na cidade e nos municípios vizinhos (Ddcostella/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 14h35.

Chapecó - Em meio à comoção que tomou conta da cidade de Chapecó, a prefeitura decidiu suspender as aulas na rede municipal por dois dias.

Além disso, decretou luto oficial de 30 dias e suspendeu todos os eventos e festividades de fim de ano na cidade localizada no oeste de Santa Catarina.

A queda do avião que levava a delegação do time de futebol até Medellín, na Colômbia, causou forte comoção na cidade. Na Arena Condá, torcedores das cidades vizinhas fazem uma corrente de oração e os garotos da categoria de base da equipe catarinense, acompanhados de seus familiares, também participam das homenagens.

Além das medidas oficiais, a prefeitura enviou dois médicos da cidade até a Colômbia para acompanhar o estado de saúde dos sobreviventes.

Pelo menos 70 pessoas morreram no acidente aéreo, nesta madrugada. O time viajava para Medellín para disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, nesta quarta.

Um dos jogadores que não viajou para a Colômbia, o lateral-direito Claudio Wink também está na Arena Condá, que concentra amigos, familiares e atletas do time.

"Eu perdi um dos meus melhores amigos. O Matheus era meu amigo de infância, comemoramos o nascimento dofilho dele faz dois meses. Não há tristeza maior que essa", disse.

A esposa do atacante Bruno Rangel ressaltou que o atacante faria aniversário no próximo dia 11. A família do jogador, que é de Campos dos Goytacazes (RJ), acompanha as informações em casa. O irmão de Joelson Rangel informou que os familiares são religiosos. "Estamos orando muito e temos fé".

A situação dos familiares na Arena Condá também foi relatada pelo vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, que desistiu de embarcar para a Colômbia na última hora.

"A gente ainda não acredita no que aconteceu. A Chapecoense é uma família, hoje todo mundo fala da Chapecoense, parece que é o segundo time de todos. A situação na arena, nesse momento, é muito triste, esposas dos jogadores desmaiando. A gente não sabe nem o que falar", afirmou.

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