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Em megaoperação, governo vai importar 240 milhões de máscaras da China

O Ministério da Infraestrutura está consultando companhias aéreas para viabilizar o transporte das máscaras, o que pode exigir até 40 voos

Coronavírus: o transporte das máscaras exigirá até 40 voos (Ueslei Marcelino/Reuters)
A

AFP

Publicado em 9 de abril de 2020 às 17h44.

O Brasil está preparando uma megaoperação que exigirá até 40 voos para transportar 240 milhões de máscaras da China para combater o coronavírus , depois de ter tido várias compras de empresas chinesas frustradas, anunciou o governo nesta quinta-feira.

"O Ministério da Infraestrutura (MInfra), encarregado da logística, está fazendo consultas a companhias aéreas nacionais e estrangeiras para viabilizar o frete da carga, que soma 960 toneladas, a partir de Guangzhou".

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A carga, que inclui máscaras cirúrgicas e N95 (modelo com filtro que impede a entrada do vírus no sistema respiratório), deve começar a chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em cerca de 15 dias, antes do esperado pico da pandemia no país no final do mês.

Serão necessários até 40 voos, dependendo do tamanho dos aviões, e espera-se que eles recebam "status de voo de Estado" para que tenham prioridade de pouso e decolagem, informou o ministério.

Outra carga de 540 toneladas de testes rápidos, luvas cirúrgicas, óculos e outros suprimentos médicos, que serão transportados em 11 voos cargueiros doados pela mineradora Vale, já começaram na semana passada. O segundo desses voos chegará nesta quinta-feira, de acordo com o ministério.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, expressou na quinta-feira frustração com a incapacidade do Brasil de fazer pedidos com a China, principal fabricante desses produtos, com a forte demanda dos Estados Unidos e países europeus atingidos pela pandemia.

"As compras da China estão, praticamente, todas elas não se confirmando", disse Mandetta, que nesta semana pediu ao embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, para ajudar a tornar as compras das empresas chinesas "mais robustas" e que os suprimentos médicos possam chegar ao país sul-americano.

O Brasil ainda precisa de respiradores, leitos de terapia intensiva e equipamentos de proteção individual para os funcionários de saúde que enfrenta uma emergência que até agora deixou cerca de 16.000 casos e mais de 800 mortes no país.

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