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Em evento, Sergio Moro defende prisão em segunda instância

Ministro da Justiça diz que retomar execução da pena em segunda instância é atender a população e passar mensagem pelo fim da impunidade

Moro: "A impunidade acaba sendo um fator estimulante a prática de crime" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Moro: "A impunidade acaba sendo um fator estimulante a prática de crime" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de dezembro de 2019 às 12h38.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu a prisão a partir da condenação em segunda instância, durante participação no evento E Agora, Brasil? realizado pelo O Globo e Valor Econômico, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para ele, a mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a execução antecipada da pena não foi a melhor decisão.

Sergio Moro, foi o convidado da 6ª e última edição em 2019 da série de debates promovida pelos jornais O Globo e Valor Econômico, com o patrocínio da CNC. Para o ex-juiz da operação Lava Jato, a execução antecipada da pena não fere direitos individuais e dá uma sinalização clara para a sociedade.

"A impunidade acaba sendo um fator estimulante a prática de crime, então, quanto menor a impunidade, melhor. Por isso, é importante reverter no Congresso esse precedente. Acho importante que nós recuperemos, cedo ou tarde, preferivelmente mais cedo, a execução em segunda instância", destacou o ministro.

No encontro, Moro também fez uma análise das ações do governo na área de segurança pública e na busca de um ambiente que garanta mais segurança jurídica para as empresas.

O ministro também abordou temas como a federalização do Caso Marielle, excludente de ilicitude, falas de integrantes do governo sobre o AI-5 e as eleições de 2022.

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