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Em encontro com sindicalistas, Lula critica reforma trabalhista

Ex-presidente afirmou que jamais imaginou que seus adversários tivessem a "petulância" de aprovar um projeto como o que acabou passando

Lula: "uma reforma se faz colocando as partes interessadas sobre a mesa. Não se impõe o direito dos empresários sobre a classe trabalhadora" (Vagner Rosário/VEJA)

Lula: "uma reforma se faz colocando as partes interessadas sobre a mesa. Não se impõe o direito dos empresários sobre a classe trabalhadora" (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 20h40.

Última atualização em 22 de janeiro de 2018 às 22h10.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teceu críticas à reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer em um encontro com centrais sindicais nesta segunda-feira, 22.

Às vésperas do julgamento no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), na quarta-feira, o petista disse que tentou aprovar uma reforma sobre o tema em seu governo e que jamais imaginou que seus adversários tivessem a "petulância" de aprovar um projeto como o que acabou passando.

"Uma reforma se faz colocando as partes interessadas sobre a mesa. Não se impõe o direito dos empresários sobre a classe trabalhadora", disse no encontro, que foi transmitido pela sua página no Facebook. Lula criticou especialmente a instituição do trabalho intermitente e o fim da contribuição sindical. "Tem muito fascista querendo acabar com a representação sindical. Eles simplesmente acabaram com o imposto sindical, mas os 2% que o Sistema S recebe eles não falaram na reforma", reclamou.

Lula foi o último a falar no encontro, que teve participação de representantes da CUT, UGT, FSB, Intersindical, CTB e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entre outras entidades.

Antes dele, Ivone Maria da Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, disse que a sua entidade apoiava a causa do petista porque agora os trabalhadores não conseguem "nem entrar na porta do Palácio (do Planalto).

"Defendemos candidato que saiba o que é democracia, que defenda todos e não apenas os empresários e que pense um Estado que seja para todos", disse.

Antes dela, foi a vez de Gerardo Iglesias, secretário regional União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurantes e Afins (UITA).

"Até os juristas, que não têm nenhuma identidade com a esquerda, começam a dizer que o processo é viciado e que tentam te tirar da Presidência da República", disse.

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