Em conflito político, Tocantins vai às urnas duas vezes neste ano
ÀS SETE - Após o governador e seu vice serem cassados, o TSE determinou a realização de eleições diretas para escolher o nome que governará até outubro
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2018 às 06h48.
Última atualização em 27 de março de 2018 às 07h26.
O imbróglio político no Tocantins começa a se resolver nesta terça-feira. Ontem à noite o Tribunal Superior Eleitoral publicou um acórdão com a cassação do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), e da vice-governadora, Cláudia Lelis (PV) e determinou a realização de eleições diretas em até 40 dias para a escolha do governador que comandará o estado até o fim deste ano.
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Miranda e Cláudia foram cassados no último dia 22. A chapa é acusada de caixa dois durante a campanha eleitoral de 2014, que se iniciou após uma aeronave ligada a Miranda e ao MDB ser apreendida com 500.000 reais em Goiás.
O pedido de cassação na Justiça Eleitoral foi proposto pela coligação do ex-governador Sandoval Cardoso (SD), chamada “A mudança que a gente vê”, e pela Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins.
Os ministros do TSE, por 5 a 2, contrariaram o resultado da ação no Tribunal Regional Eleitoral, que havia absolvido a chapa. No julgamento anterior, o relator José Ribamar Mendes Junior se posicionou contra a cassação e venceu por 4 a 2. A acusação recorreu. É a segunda vez que Miranda é cassado do governo.
Em 2009, ele foi cassado por abuso de poder político, indicações irregulares de cargos comissionados e abuso de meios de comunicação. Não bastasse ter um “ex-cassado” no poder, o processo deu resultado apenas no fim do mandato, mesmo protocolado logo após a eleição.
Daqui até o pleito especial, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), ocupa o cargo interinamente. O novo eleito teria pouco mais de seis meses de governo já que, em outubro, nova rodada de eleições gerais decide quem assume a partir de 1º de janeiro de 2019.
O vaivém atrapalha o povo de Tocantins mesmo assim. A Justiça determinou que o governo interino evite pagamentos não prioritários, não contrate comissionados ou efetivos na administração pública. Um concurso da Polícia Militar.