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Em clipe, Farc criticam Brasil e confirmam negociação de paz

Segundo líder guerrilheiro, as Farc chegaram "à mesa de negociações sem rancores e arrogância"


	Grupo de resgate que saiu do Brasil para encontrar reféns liberados pelas Farc: a guerrilha critica o Brasil por facilitar a logística para essa operação de libertação 
 (Raul Arboleda/AFP)

Grupo de resgate que saiu do Brasil para encontrar reféns liberados pelas Farc: a guerrilha critica o Brasil por facilitar a logística para essa operação de libertação  (Raul Arboleda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 12h50.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) irão ao diálogo de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos, em Havana, 'sem rancores e arrogância', afirmou o líder máximo da guerrilha em um vídeo divulgado nesta segunda-feira pelos rebeldes na internet no qual também fazem críticas ao governo brasileiro.

'Chegamos à mesa de negociações sem rancores e arrogância', afirmou 'Timochenko' ou 'Timoleón Jiménez', como é conhecido Rodrigo Londoño Echeverri, o líder principal das Farc, ao apresentar um clipe sobre o recém iniciado processo de paz com o governo.

O 'Vídeo pela paz', que conta com uma música em ritmo de rap, é a primeira declaração guerrilheira sobre o diálogo. No último dia 27, em pronunciamento oficial, Santos confirmou que 'foram realizadas conversas exploratórias com as Farc para buscar o fim do conflito'.

O governante não deu detalhes desta aproximação, que segundo a imprensa colombiana começou no dia 23 de fevereiro em Havana, com representantes de Cuba, Noruega, Venezuela e Chile.

'Vou para Havana, desta vez para conversar / o burguês que nos procurava / não conseguiu nos derrotar', diz um trecho da música, que é interpretada por uma dupla.

O rap critica os Estados Unidos, por ingerir em assuntos colombianos, e o Brasil, por facilitar a logística para a operação de libertação dos últimos civis e militares que as Farc mantinham como reféns. A música questiona o governo de Dilma Rousseff por ter vendido à Colômbia aviões que foram utilizados para operações contra as Farc.

A canção também fala sobre a morte do ex-líder máximo da organização, 'Alfonso Cano', como era conhecido Guillermo León Sáenz, em novembro de 2011, e do chefe militar do grupo, Víctor Julio Suárez ('Mono Jojoy'), um ano antes. 

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