(Mônica Andrade/Governo do Estado de SP/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 14h30.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta quarta-feira, 18, que o estado de São Paulo caminha para atrair mais de R$ 1 trilhão em investimentos privados em infraestrutura.
“Vamos passar de um R$ 1 trilhão em investimentos. São Paulo vai continuar sendo a locomotiva do Brasil porque estamos indo na direção certa”, disse Tarcísio.
O chefe do Executivo paulista realizou um balanço de entregas do segundo ano de gestão com a presença de todos os secretários e deputados aliados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A apresentação durou mais de uma hora, com o governador passando por todas as áreas de atuação do Estado e destacando os números positivos. Antes da coletiva de imprensa, Tarcísio respondeu perguntas gravadas.
Segundo o governador, São Paulo chegou a R$ 780 bilhões em investimentos privados em dois anos, mais que o triplo do total registrado no primeiro triênio da gestão Doria/Rodrigo Garcia. Deste montante, R$ 340 bilhões foram contratados pelo Programa de Parcerias em Investimentos do Estado (PPI-SP), com recorde de leilões em um só ano desde 1999 – foram nove em 2024, incluindo a privatização da Sabesp.
Para 2025, Tarcísio prevê a realização de dez leilões que devem gerar R$ 50 bilhões em investimentos, incluindo o leilão do túnel Santos-Guarujá. “Conversei com o presidente Lula em Brasília e temos a mesma expectativa de lançar o edital do túnel Santos-Guarujá em fevereiro de 2025”, afirmou.
Ao comentar os recentes casos de violência policial, Tarcísio disse que os desvios serão “severamente punidos” e que os últimos episódios afastam o policial do cidadão.
“O desvio de conduta não pode se confundir com a ação profissional de muitos profissionais que estão dando duro para proteger a sociedade. Porque a função da polícia é proteger a sociedade e evitar o crime. E a polícia tem feito isso”, disse.
Recentemente, vídeos divulgados nas redes sociais expuseram casos graves de violência policial, como o de um PM filmado ao atirar um homem de uma ponte, na zona sul de São Paulo, e outro em que um policial, de folga, atirou nas costas de um homem que furtou um mercado. Os episódios provocaram uma crise e levaram o governador a reconhecer a necessidade de “ajustes”.
Sobre o envolvimento de agentes com o crime organizado, Tarcísio disse que a "corrupção é intolerável" e que a administração estadual não vai "passar pano em nada".
Em relação à prorrogação ou não do regime diferenciado do ICMS para bares e restaurantes, Tarcísio disse que a gestão é "complexa" porque grande parte da renúncia fiscal beneficia grandes empresas, inclusive internacionais.
“Não podemos deixar dinheiro na mesa nas grandes cadeias. Temos que ajudar o pequeno e o médio. Não faz sentido do ponto de vista fiscal”, afirmou.
Segundo a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), caso o governo de Tarcísio de Freitas não renove o regime especial de tributação do ICMS, a taxação do setor pode aumentar em até 300%. O governador afirmou que a decisão será tomada nos próximos dias.