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Em 7 anos, Rio recolhe 145 mil habilitações na Lei Seca

Dos 2 milhões de motoristas abordados nestes sete anos, 420 mil foram multados, 83 mil tiveram seus veículos rebocados e 145 mil tiveram CNH recolhida

Blitz da Lei Seca: dos 2 milhões de motoristas abordados nestes sete anos, 420 mil foram multados, 83 mil tiveram seus veículos rebocados e 145 mil tiveram CNH recolhida (Agência Odin)

Blitz da Lei Seca: dos 2 milhões de motoristas abordados nestes sete anos, 420 mil foram multados, 83 mil tiveram seus veículos rebocados e 145 mil tiveram CNH recolhida (Agência Odin)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 13h00.

Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 16h05.

Rio de Janeiro - A Lei 11.705/2009, conhecida como Lei Seca e criada para diminuir as estatísticas preocupantes de acidentes e alertar a população sobre os riscos da combinação de álcool e direção, completou sete anos de vigência no dia 19 de março.

No estado do Rio de Janeiro, quase 145 mil motoristas que apresentavam sinais de embriaguez tiveram suas carteiras de habilitação recolhidas pelos agentes da Operação Lei Seca, desde sua entrada em vigor.

Dados da operação indicam que o número de pessoas alcoolizadas flagradas ao volante, vem caindo gradualmente desde então: em 2009, ano da criação da Lei, o percentual era de 7,9%. Hoje, a taxa média de motoristas flagrados embriagados é 5,1%.

Um balanço da operação mostra ainda que, ao longo dos sete anos de vigência da lei, mais de 2 milhões de motoristas já foram abordados em mais de 15 mil ações de fiscalização por todo estado do Rio.

De acordo com o coordenador da operação, o tenente-coronel Marco Andrade, o principal desafio é a mudança de hábitos da população.

“O maior desafio é buscar essa mudança de cultura, de hábitos do nosso povo. Buscamos um trânsito mais humano, com menos risco de acidentes e nossos índices mostram que estamos no caminho certo. Temos alguns dados preocupantes no interior do estado, mas estamos intensificando nossas ações por lá que, aliás, já teve números piores anos atrás”, disse ele.

No interior, o número de casos supera o dobro da região Metropolitana: são 10,6% de motoristas flagrados embriagados.

Durante missa para celebrar o aniversário da entrada em vigor da lei, na Igreja da Candelária, o tenente-coronel também comentou os perfis criados em redes sociais para alertar os fluminenses sobre pontos de fiscalização da Operação Lei Seca.

Ele fez uma apelo aos administradores dessas páginas para refletirem sobre o que estão oferecendo à sociedade: “que ponham a mão na cabeça e vejam o desserviço que estão prestando para o estado. Claro que não queremos e não vamos censurar ninguém, mas fica a pergunta: quanto vale uma vida para essas pessoas? Espero que eles se sensibilizem com essa questão”, disse.

O agente de operação, William Lima da Silva tem 48 anos e, há 20, sofreu um acidente de carro que o deixou paraplégico e matou seu amigo, que estava embriagado ao volante.

William enxerga seu trabalho como uma missão e um exemplo a ser passado.

Cadeirante, ele trabalha em bares e locais para conscientizar os motoristas sobre os riscos da combinação do álcool com a direção.

“Eu conto tudo o que aconteceu comigo para que eles possam ver o resultado de beber e sair com o carro. Você pode tirar sua vida e a de quem você mais ama também. Acho que eu sirvo como exemplo para essas pessoas. A minha missão acabou sendo a de salvar vidas e prevenir que outros passem pelo que passei”.

Dos 2 milhões de motoristas abordados nestes sete anos, 420 mil foram multados, 83 mil tiveram seus veículos rebocados e 145 mil tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida. Neste período, foi comprovada a embriaguez em mais de 154 mil motoristas.

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