Eleitores nos colocaram na oposição, diz líder do PSB
Com a sexta maior bancada da Câmara, com 34 deputados eleitos nesta eleição, o dirigente Carlos Siqueira descartou possibilidade de fusão com outras legendas
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h39.
Brasília - Integrante da base aliada do governo até o último ano antes das disputa presidencial, o PSB se manterá na oposição no novo mandato da presidente Dilma Rousseff, reeleita no último domingo, 26.
Em entrevista, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que o partido deve permanecer na oposição.
Com a sexta maior bancada da Câmara, com 34 deputados eleitos nesta eleição, o dirigente também descartou possibilidade de fusão com outras legendas.
"Nossa postura é de oposição porque temos que assumir as nossas responsabilidades. Nossas decisões foram adotadas no sentido de oposição e o candidato que apoiamos perdeu no segundo turno. É natural, os eleitores nos colocaram na oposição e assim vamos nos manter. Uma oposição de esquerda do diálogo", ressaltou Siqueira.
Segundo ele, as conversas com o PPS, que se coligou na chapa presidencial, não avançaram no sentido de uma fusão ou incorporação dos partidos.
"De fato o PSB foi convidado para conversar especialmente com PPS e outros partidos, mas isso não prosperou, isso está fora das possibilidades de trabalho", afirmou.
"A longo prazo nunca podemos dizer porque a dinâmica da política pode levar a isso num futuro. Mas no momento esse assunto está arquivado", acrescentou.
O dirigente não descartou porém a possibilidade de formação de um bloco na Câmara do qual participariam, além do PPS, PV e Solidariedade.
Juntos, os quatro partidos contariam com 67 deputados e formariam a segunda maior bancada, atrás apenas do PT, que elegeu 70 parlamentares.
Segundo Siqueira, da formação desse grupo, poderia, inclusive, sair um nome para disputar a presidência da Câmara na próxima legislatura, que se inicia em fevereiro de 2015.
"Nós ainda não temos uma definição, mas isso também pode acontecer. Assim como lançamos candidato contra o Renan Calheiros no Senado e o Henrique Eduardo Alves na Câmara. Esse bloco, se for criado, poderá tomar iniciativas similares", afirmou.
"Mas estou num processo de reuniões para ouvir a nova bancada eleita de deputados e senadores para que possamos aprofundar essa discussão. O que estou falando é o pensamento de um grupo da executiva", acrescentou.
Embora busque a formação de uma bancada mais numerosa no Congresso, Carlos Siqueira considerou que partidos de oposição como o PSDB e DEM não deverão fazer parte do grupo.
"O nosso partido sempre teve característica muito clara e nítida de centro esquerda e, ao fazer uma coligação eventual com o PSDB (no segundo turno da disputa presidencial), não alienou o seu ideal e o seu programa. Por conseguinte, o nosso tipo de oposição, seguramente, será bem diferente de partidos como o PSDB e o DEM. De maneira que nós, como partido de esquerda, vamos primar pelas questões sociais e projetos de natureza mais à esquerda".
Brasília - Integrante da base aliada do governo até o último ano antes das disputa presidencial, o PSB se manterá na oposição no novo mandato da presidente Dilma Rousseff, reeleita no último domingo, 26.
Em entrevista, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que o partido deve permanecer na oposição.
Com a sexta maior bancada da Câmara, com 34 deputados eleitos nesta eleição, o dirigente também descartou possibilidade de fusão com outras legendas.
"Nossa postura é de oposição porque temos que assumir as nossas responsabilidades. Nossas decisões foram adotadas no sentido de oposição e o candidato que apoiamos perdeu no segundo turno. É natural, os eleitores nos colocaram na oposição e assim vamos nos manter. Uma oposição de esquerda do diálogo", ressaltou Siqueira.
Segundo ele, as conversas com o PPS, que se coligou na chapa presidencial, não avançaram no sentido de uma fusão ou incorporação dos partidos.
"De fato o PSB foi convidado para conversar especialmente com PPS e outros partidos, mas isso não prosperou, isso está fora das possibilidades de trabalho", afirmou.
"A longo prazo nunca podemos dizer porque a dinâmica da política pode levar a isso num futuro. Mas no momento esse assunto está arquivado", acrescentou.
O dirigente não descartou porém a possibilidade de formação de um bloco na Câmara do qual participariam, além do PPS, PV e Solidariedade.
Juntos, os quatro partidos contariam com 67 deputados e formariam a segunda maior bancada, atrás apenas do PT, que elegeu 70 parlamentares.
Segundo Siqueira, da formação desse grupo, poderia, inclusive, sair um nome para disputar a presidência da Câmara na próxima legislatura, que se inicia em fevereiro de 2015.
"Nós ainda não temos uma definição, mas isso também pode acontecer. Assim como lançamos candidato contra o Renan Calheiros no Senado e o Henrique Eduardo Alves na Câmara. Esse bloco, se for criado, poderá tomar iniciativas similares", afirmou.
"Mas estou num processo de reuniões para ouvir a nova bancada eleita de deputados e senadores para que possamos aprofundar essa discussão. O que estou falando é o pensamento de um grupo da executiva", acrescentou.
Embora busque a formação de uma bancada mais numerosa no Congresso, Carlos Siqueira considerou que partidos de oposição como o PSDB e DEM não deverão fazer parte do grupo.
"O nosso partido sempre teve característica muito clara e nítida de centro esquerda e, ao fazer uma coligação eventual com o PSDB (no segundo turno da disputa presidencial), não alienou o seu ideal e o seu programa. Por conseguinte, o nosso tipo de oposição, seguramente, será bem diferente de partidos como o PSDB e o DEM. De maneira que nós, como partido de esquerda, vamos primar pelas questões sociais e projetos de natureza mais à esquerda".