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Exército atuará nas eleições em pelo menos 408 municípios

O número de pedidos, que ainda não foi fechado, segundo Jungmann, está acima da média de eleições anteriores, que ficou em torno de 300 cidades


	Exército Brasileiro: de acordo com o TSE, já foram registradas 20 mortes de candidatos a prefeitos e vereador até agosto
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Exército Brasileiro: de acordo com o TSE, já foram registradas 20 mortes de candidatos a prefeitos e vereador até agosto (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 17h48.

Brasília - As eleições municipais deste ano terão pelo menos 25 mil homens em 408 municípios, de acordo com números preliminares dos pedidos feitos ao Ministério da Defesa pela Justiça Eleitoral, informou nesta quinta-feira o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

O número de pedidos, que ainda não foi fechado, segundo Jungmann, está acima da média de eleições anteriores, que ficou em torno de 300 cidades.

"Há um crescimento sim, porque a média histórica ficaria em torno de 300 ou trezentos e poucos municípios e já estamos com 408, engajando 25 mil homens em 14 Estados. Esse número não é final, porque novos municípios devem ser apontados pela Justiça Eleitoral até o fim da semana", afirmou o ministro em entrevista coletiva.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, já foram registradas 20 mortes de candidatos a prefeitos e vereador até agosto.

Nos últimos dois dias foram registrados mais homicídios e tentativas de homicídio em mais quatro Estados, entre eles o assassinato de José Gomes da Rocha (PTB), candidato a prefeito em Itumbiara (GO), quando o vice-governador do Estado, José Eliton (PSDB) também foi baleado.

Reforma da previdência

Jungmann também falou sobre mudanças no sistema previdenciário, cuja proposta está sendo elaborada pelo governo.

O ministro tratou do tema depois de reunião com o presidente Michel Temer, onde foi apresentada a nova versão do plano estratégico da defesa, que será encaminhado ao Congresso nas próximas semanas.

Na entrevista, o Jungmann voltou a defender um tratamento diferenciado aos militares na reforma da Previdência, alegando que os servidores das Forças não são funcionários públicos comuns.

"Em qualquer país do mundo as Forças Armadas são um encargo da União. Os militares têm uma cláusula de morrer pelo país. Não é privilégio, é reconhecimento da singularidade. Tratar desiguais igualmente é injustiça", defendeu.

Jungmann ressaltou, no entanto, que os militares estão dispostos a "dar a sua parte", dentro da sua singularidade. A questão dos militares ainda é um ponto que não está fechado na discussão da reforma.

O governo pretendia propor uma regra colocando todos os servidores, inclusive os das Forças, em um regime único, o que causou irritação entre militares.

O governo ainda discute como mexer na Previdência militar, que tem um déficit, segundo o próprio Jungmann, de 11 bilhões de reais.

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