Eleições 2020: candidatos se preparam para reta final das campanhas
São 520.758 candidatos a prefeitos e vereadores em todo o país. Por causa da pandemia, há novas regras de segurança para a votação no dia 15 de novembro
Fabiane Stefano
Publicado em 9 de novembro de 2020 às 06h00.
O Brasil entra nesta semana na reta final das eleições municipais, com o primeiro turno ocorrendo no domingo, 15 de novembro. Em meio à pandemia, serão escolhidos prefeitos e vereadores dos 5.570 municípios brasileiros.
Candidatos em todo o país partem nos próximos dias para buscar o voto dos indecisos. De acordo com a mais recente pesquisa exclusiva EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública, 37% dos eleitores ainda não decidiram em quem votar. Pouco mais da metade, 57%, já escolheu apenas o candidato a prefeito.
O levantamento foi feito por telefone com 1.200 pessoas entre os dias 2 e 5 de novembro e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A expectativa é que em boa parte das capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, haverá segundo turno, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de votos. Seis capitais, porém, devem resolver o pleito já no primeiro turno: Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Natal, Campo Grande e Florianópolis. Em Belo Horizonte, por exemplo, o atual prefeito Alexandre Kalil (PSD) tem 65% da preferência dos eleitores.
As eleições municipais de 2020 serão as primeiras sem coligações proporcionais. A alteração, definidana reforma eleitoral de 2017, buscava reduzir a fragmentação partidária. Entretanto, 2020 trouxe uma profusão de candidatos a prefeito e vereadores: são 520.758 candidatos, 20% a mais do que na última eleição municipal, em 2016.
Além de mudar a data das eleições municipais de 2020, originalmente previstas para outubro, a pandemia de covid-19 também alterou as regras de segurança na hora da votação. O Plano de Segurança Sanitária, elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recomenda que, quem tiver febre ou diagnóstico de covid-19 a partir de 14 dias antes do pleito, não deve votar no dia 15 de novembro. Ou seja, a regra passou a valer desde a segunda-feira, 2.
A pesquisa EXAME/IDEIA também questionou se a covid-19 vai influenciar a ida dos eleitores aos locais de votação. A maior parte, 73%, disse que vai votar mesmo com a pandemia, 7% consideram que talvez não compareçam, e somente 3% não vão participar da eleição por causa do coronavírus.
Para reduzir a possibilidade de contágio, o uso de biometria para a eleição de 2020 foi descartado. O horário de votação vai ser das 7h às 17h (considerando o horário local), sendo das 7h às 10h o horário preferencial para pessoas com mais de 60 anos.