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Eike Batista cancela convênio para criar UPPs

Os contratos garantiam investimentos de R$ 20 milhões por ano para as ações nas comunidades cariocas


	Eike Batista: o corte acontece em meio a uma severa crise financeira enfrentada por Eike em seus negócios
 (Fernando Lemos/EXAME)

Eike Batista: o corte acontece em meio a uma severa crise financeira enfrentada por Eike em seus negócios (Fernando Lemos/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 09h09.

Rio - A Secretaria de Segurança do Rio confirmou que cancelou convênios estabelecidos com a empresa OGX, de Eike Batista, para o financiamento do projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) das favelas cariocas. Os convênios, assinados em 2010, garantiam investimentos de R$ 20 milhões por ano para as ações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora.

Os convênios foram rescindidos pela OGX na sexta-feira, 9, e o caso foi revelado pelo jornal O Dia. A secretaria informou que "de forma alguma" haverá prejuízo para a execução do projeto de pacificação das comunidades cariocas. Em nota, o órgão afirma que "já se organiza para dar continuidade a todos os projetos até dezembro de 2013".

Um levantamento de todos os equipamentos e projetos custeados pelos convênios será realizado até o fim do ano. O que não foi utilizado será incorporado ao orçamento da secretaria para 2014. O órgão não informou o total de investimentos feito pela empresa de Eike Batista no projeto desde a assinatura do contrato, em 2010. Nos três anos, os valores foram usados para compra de equipamentos como coletes, armas, munições e viaturas, além de material de escritório e infraestrutura para as unidades, aluguéis e obras de construção das sedes das UPPs.

A empresa não quis comentar a decisão de encerrar os convênios. O corte acontece em meio a uma severa crise financeira enfrentada por Eike Batista em seus negócios. A petrolífera OGX, empresa mais afetada, já perdeu cerca de 80% do seu valor de capital somente em 2013.

Os recursos não eram repassados diretamente para o órgão. A própria empresa realizava as compras e doava às unidades a partir de uma lista de pedidos do secretário José Mariano Beltrame, juntamente com o comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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