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“Educação, educação, educação”, pede Marcelo Odebrecht

Empresário diz que "se bobear, as Olimpíadas ficam prontas antes da Copa"

Odebrecht: "As construtoras estão se virando mal e porcamente sem mão de obra" (Márcio Irala)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2011 às 18h33.

Rio de Janeiro – “A gente chegou a um ponto que não dá mais.” Assim Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da construtora que leva seu sobrenome, descreveu a situação da qualificação profissional no Brasil no EXAME Fórum, que debate a preparação do Rio de Janeiro para os grandes eventos de 2014 e 2016.

“Não tem jeito, a gente vai ter que investir em educação , educação e educação”, completa o empresário.

A crescente demanda preocupa Marcelo Odebrecht, que garante que não serão só cinco anos de muito trabalho para o setor de infraestrutura , e sim de 20 a 30 anos. “Quando há uma pausa, eu até acho bom porque dá tempo de mais gente se formar”, brinca ele, enfatizando a necessidade de mais engenheiros.

Ele vai além, dizendo que as construtoras estão “se virando mal e porcamente”, porque o efeito dos gargalos na construção civil já são evidentes. “Quem comprou apartamento recentemente recebeu com atraso de até dois anos e má qualidade”, exemplificou.

O grande trunfo das Olimpíadas , segundo o empresário baiano, contudo, é que ela coloca um prazo para a realização desses investimentos em infraestrutura, que poderiam ser feitos em um ritmo menos acelerado, caso não houvesse o evento.

Embora a construtora também esteja envolvida em obras para a Copa do Mundo, em 2014, Marcelo Odebretch diz que que os preparativos para os Jogos Olímpicos estão mais avançados. "A Copa é uma coisa mais dispersa, uma distribuição de responsabilidades que não é clara. No caso da Olimpíada, o planejamento veio antes das obras, o que não aconteceu com a Copa. (...) Se bobear, as Olimpíadas ficam prontas antes da Copa."


Mesmo com o déficit de mão de obra, as oportunidades de investimentos em infraestrutura são grandes. O presidente da Rio Negócios, Marcelo Haddad, afirmou que, nos últimos 14 meses, cerca de 550 empresas já se mostraram interessadas em investir no Rio.

Desse total, 30% são do setor de infraestrutura. A agência de fomento estima que até as Olimpíadas as empresas privadas irão investir ate 1,8 bilhão de reais. Esse investimento permitira a criação de cinco mil empregos.

O diretor de inclusão social e crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Elvio Gaspar, ressaltou que o banco possui linhas de financiamento que atingem não só quem estará construindo os estádios, mas também as empresas prestadoras de serviço.

Sem citar valores, ele afirmou que o programa Pro-Copa Hotel, que dá financiamento a hotéis com 18 anos de prazo para pagamento, está sendo muito procurado. Ele lembrou ainda do cartão BNDES, cujo foco é o pequeno empreendendor.

O presidente da Agrekko, empresa de fornecimento de soluções de energia, Diógenes Paoli Neto, pretende trazer 350 funcionários para trabalhar na Olimpíada 2016, caso ganhe a licitação. A companhia prestou serviço no Rock in Rio, na Copa do Mundo da África do Sul e na Olimpíada de Pequim.

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Rio de Janeiro – “A gente chegou a um ponto que não dá mais.” Assim Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da construtora que leva seu sobrenome, descreveu a situação da qualificação profissional no Brasil no EXAME Fórum, que debate a preparação do Rio de Janeiro para os grandes eventos de 2014 e 2016.

“Não tem jeito, a gente vai ter que investir em educação , educação e educação”, completa o empresário.

A crescente demanda preocupa Marcelo Odebrecht, que garante que não serão só cinco anos de muito trabalho para o setor de infraestrutura , e sim de 20 a 30 anos. “Quando há uma pausa, eu até acho bom porque dá tempo de mais gente se formar”, brinca ele, enfatizando a necessidade de mais engenheiros.

Ele vai além, dizendo que as construtoras estão “se virando mal e porcamente”, porque o efeito dos gargalos na construção civil já são evidentes. “Quem comprou apartamento recentemente recebeu com atraso de até dois anos e má qualidade”, exemplificou.

O grande trunfo das Olimpíadas , segundo o empresário baiano, contudo, é que ela coloca um prazo para a realização desses investimentos em infraestrutura, que poderiam ser feitos em um ritmo menos acelerado, caso não houvesse o evento.

Embora a construtora também esteja envolvida em obras para a Copa do Mundo, em 2014, Marcelo Odebretch diz que que os preparativos para os Jogos Olímpicos estão mais avançados. "A Copa é uma coisa mais dispersa, uma distribuição de responsabilidades que não é clara. No caso da Olimpíada, o planejamento veio antes das obras, o que não aconteceu com a Copa. (...) Se bobear, as Olimpíadas ficam prontas antes da Copa."


Mesmo com o déficit de mão de obra, as oportunidades de investimentos em infraestrutura são grandes. O presidente da Rio Negócios, Marcelo Haddad, afirmou que, nos últimos 14 meses, cerca de 550 empresas já se mostraram interessadas em investir no Rio.

Desse total, 30% são do setor de infraestrutura. A agência de fomento estima que até as Olimpíadas as empresas privadas irão investir ate 1,8 bilhão de reais. Esse investimento permitira a criação de cinco mil empregos.

O diretor de inclusão social e crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Elvio Gaspar, ressaltou que o banco possui linhas de financiamento que atingem não só quem estará construindo os estádios, mas também as empresas prestadoras de serviço.

Sem citar valores, ele afirmou que o programa Pro-Copa Hotel, que dá financiamento a hotéis com 18 anos de prazo para pagamento, está sendo muito procurado. Ele lembrou ainda do cartão BNDES, cujo foco é o pequeno empreendendor.

O presidente da Agrekko, empresa de fornecimento de soluções de energia, Diógenes Paoli Neto, pretende trazer 350 funcionários para trabalhar na Olimpíada 2016, caso ganhe a licitação. A companhia prestou serviço no Rock in Rio, na Copa do Mundo da África do Sul e na Olimpíada de Pequim.

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