Poço de extração de petróleo (Luiz Dantas/VEJA)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 20h04.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou hoje que a aprovação de um novo modelo de partilha dos recursos do pré-sal pela Câmara dos Deputados revela o desejo do parlamento brasileiro de fazer justiça. "Está criado um fato político de grande dimensão", disse ele. "Agora precisamos seguir em frente, aprimorando o projeto por meio do diálogo".
Defensor da partilha dos royalties com Estados não produtores, Campos sustenta a necessidade de um esforço para superar as divergências entre os Estados. Ele não aceita um veto "puro e simples" do presidente da República, como espera o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), prejudicado com a decisão da Câmara. Para Campos, não pode ser mantida a situação atual, com as receitas do petróleo partilhadas entre poucos Estados e municípios produtores.
"A hora é de entendimento, de diálogo", observou. "Um veto puro e simples que perpetue e até aprofunde o atual desequilíbrio é algo que o Brasil não aceitará".
Ele acredita que todo esforço deve ser no sentido de garantir o fluxo atual de recursos aos Estados classificados como produtores e forjar um entendimento sobre a parte ainda não leiloada de modo a se fazer justiça com todos os brasileiros. "Trata-se de uma oportunidade decisiva de equilibrar o Brasil", afirmou.