Edinho nega conluio para pagar campanha de Dilma com propina
Ex-presidente da Andrade Gutierrez disse em delação que a empresa pagou propina no formato de doações legais de campanha de Dilma em 2014
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2016 às 20h14.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse hoje (9), em nota, que são "mentirosas" as alegações sobre a existência de um esquema de propinas envolvendo empresas responsáveis por obras do governo federal, cujo objetivo seria financiar a campanha de 2014, da presidenta Dilma Rousseff , à reeleição.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira (7), o ex-presidente da Construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, disse em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, que a empresa pagou propina oriunda de obras superfaturadas no formato de doações legais de campanha.
Segundo a reportagem, Azevedo entregou uma planilha à Procuradoria-Geral da República (PGR) com a informação sobre doações. A planilha foi detalhada tanto por Otávio Marques quanto pelo ex-executivo da construtora, Flávio Barra, em depoimentos colhidos em fevereiro, durante a negociação da delação com a procuradoria.
Azevedo disse aos procuradores que a propina tinha origem em contratos da empreiteira para execução das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Usina Angra 3 e a Hidrelétrica de Belo Monte. Ainda segundo a reportagem, a delação aguarda a homologação, por parte do ministro Teori Zavascki. A PGR ainda não se pronunciou a respeito.
Edinho Silva assumiu a coordenação financeira da campanha de Dilma em julho de 2014, quando a Lava Jato encontrava-se em pleno andamento, com a missão de "blindar a campanha de qualquer fato que estivesse vinculado às denúncias”, diz ele na nota divulgada neste sábado.
Em sua defesa, o ministro diz que não poderia ter participado de conluio envolvendo obras federais durante a campanha presidencial, pois não detinha cargo na administração federal antes de 2015. “Como eu poderia, portanto, ter atuado em 2014 como articulador de um conluio envolvendo obras e contratos do governo federal? Isso não existe. Esta é uma acusação totalmente descabida e grosseira”, segundo o texto.
Na nota, Edinho confirmou ter se reunido com Otávio Marques no comitê de campanha da chapa Dilma-Temer, em Brasília, onde o executivo teria comparecido por livre e espontânea vontade para estabelecer, ele mesmo, os valores e datas para o depósito das doações de campanha à chapa Dilma-Temer.
“As doações foram declaradas à Justiça Eleitoral, e os valores mostram que a campanha Dilma-Temer recebeu, inclusive, um valor inferior ao doado ao candidato adversário no segundo turno. Essa é a verdade. O restante é uma tentativa escandalosa de criminalizar doações legais que seguiram as regras e normas da legislação brasileira”, acrescentou.
Edinho Silva disse que planeja entrar com ações judiciais contra Otávio Marques, a depender do esclarecimento sobre detalhes da delação premiada do executivo, solicitado por meio de interpelação legal.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse hoje (9), em nota, que são "mentirosas" as alegações sobre a existência de um esquema de propinas envolvendo empresas responsáveis por obras do governo federal, cujo objetivo seria financiar a campanha de 2014, da presidenta Dilma Rousseff , à reeleição.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira (7), o ex-presidente da Construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, disse em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, que a empresa pagou propina oriunda de obras superfaturadas no formato de doações legais de campanha.
Segundo a reportagem, Azevedo entregou uma planilha à Procuradoria-Geral da República (PGR) com a informação sobre doações. A planilha foi detalhada tanto por Otávio Marques quanto pelo ex-executivo da construtora, Flávio Barra, em depoimentos colhidos em fevereiro, durante a negociação da delação com a procuradoria.
Azevedo disse aos procuradores que a propina tinha origem em contratos da empreiteira para execução das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Usina Angra 3 e a Hidrelétrica de Belo Monte. Ainda segundo a reportagem, a delação aguarda a homologação, por parte do ministro Teori Zavascki. A PGR ainda não se pronunciou a respeito.
Edinho Silva assumiu a coordenação financeira da campanha de Dilma em julho de 2014, quando a Lava Jato encontrava-se em pleno andamento, com a missão de "blindar a campanha de qualquer fato que estivesse vinculado às denúncias”, diz ele na nota divulgada neste sábado.
Em sua defesa, o ministro diz que não poderia ter participado de conluio envolvendo obras federais durante a campanha presidencial, pois não detinha cargo na administração federal antes de 2015. “Como eu poderia, portanto, ter atuado em 2014 como articulador de um conluio envolvendo obras e contratos do governo federal? Isso não existe. Esta é uma acusação totalmente descabida e grosseira”, segundo o texto.
Na nota, Edinho confirmou ter se reunido com Otávio Marques no comitê de campanha da chapa Dilma-Temer, em Brasília, onde o executivo teria comparecido por livre e espontânea vontade para estabelecer, ele mesmo, os valores e datas para o depósito das doações de campanha à chapa Dilma-Temer.
“As doações foram declaradas à Justiça Eleitoral, e os valores mostram que a campanha Dilma-Temer recebeu, inclusive, um valor inferior ao doado ao candidato adversário no segundo turno. Essa é a verdade. O restante é uma tentativa escandalosa de criminalizar doações legais que seguiram as regras e normas da legislação brasileira”, acrescentou.
Edinho Silva disse que planeja entrar com ações judiciais contra Otávio Marques, a depender do esclarecimento sobre detalhes da delação premiada do executivo, solicitado por meio de interpelação legal.