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É mais barato acabar com o problema do clima do que fazer guerra, diz Lula

Em discurso na abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o presidente brasileiro reforçou a emergência do combate aos problemas climáticos

Lula: presidente reforçou que é necessário financiamento de países ricos para enfrentar a emergência climática (Ricardo Stuckert/Presidência)

Lula: presidente reforçou que é necessário financiamento de países ricos para enfrentar a emergência climática (Ricardo Stuckert/Presidência)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 10 de novembro de 2025 às 12h12.

Última atualização em 10 de novembro de 2025 às 12h14.

Belém - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 10, durante a abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) que é mais barato para os países ricos alocar recursos para acabar com o problema climático do que aumentar o orçamento para "fazer guerra".

"Se os homens que fazem guerra estivem aqui, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra como fizeram ano passado", afirmou.

A fala de Lula tem relação com um dos principais objetivos da COP em Belém, a viabilização do financiamento climático direto.

A meta é garantir US$ 300 bilhões anuais até 2035, além de mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano ao somar os recursos de todos os atores envolvidos, como governos, financiamentos privados e de bancos multilaterais.

O presidente brasileiro reforçou em seu discurso que as mudanças climáticas não são uma preocupação do futuro, mas uma "tragédia do presente". Lula citou os extremos climáticos que atingiram o Caribe e o tornado que devastou cidades do Paraná.

" O furacão Melissa que fustigou o Caribe e o tornado que atingiu o Estado do Paraná, no Sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e um rastro de destruição. Das secas e incêndios na África e na Europa às enchentes na América do Sul e no Sudeste Asiático, o aumento da temperatura global espalha dor e sofrimento, especialmente entre as populações mais vulneráveis", disse.

O petista disse ainda que essa será "a COP da verdade" e criticou aqueles que chamou de "obscurantistas", que não consideram evidências cientificas e os progressos do multilateralismo. 

"Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas", afirmou.

O petista reforçou que o Chamado à Ação da COP30 está dividido em três etapas: um apelo para que os países cumpram seus compromissos, que os líderes mundiais acelerem a ação climática e a convocação da comunidade internacional a colocar as pessoas no centro da agenda climática. 

"Espero que a serenidade da floresta inspire em todos nós a clareza de pensamento necessária para ver o que precisa ser feito", disse.

Essa será a COP da implementação, diz presidente da COP

Durante a posse oficial como presidente da COP30, André Correa do Lago, afirmou que a conferência acontece para "mudar as coisas" e que essa será a COP da implementação.

"Essa é uma COP que precisa apresentar soluções. A agenda de ação que estruturamos para essa COP, da qual vão participar tantos ministros de Estados, vai mostrar muitos caminhos. Essa é uma COP de implementação", afirmou.

Correa do Lago disse ainda que espera que essa também seja uma COP de adaptação, com discussões sobre maior integração do clima com a economia.

"E mais que tudo isso, será uma COP que vai ouvir e acreditar na ciência. Obrigado por presidente [Lula] ter encontrado a forma ideal de descrever essa COP: a COP da verdade", disse.

O presidente da Cúpula afirmou que avanços já ocorrem na agenda climática, mas que ainda há muito o que se fazer. Correa do Lago citou o tornado que atingiu o Paraná na última semana para reforçar a urgência das discussões da COP.

"Pensar que podemos mudar a vida das pessoas é o que nos inspira. Apesar do retrocesso recente, as condições podem e devem melhorar", disse.

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