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“É da proibição que nasce o tráfico de drogas”, diz Wagner Moura

No mais novo vídeo da campanha "Da Proibição Nasce o Tráfico" , Moura une-se a outros artistas como Leandra Leal e Gregório Duvivier

Wagner Moura: "nós todos que sonhamos com um País mais justo precisamos entender que, no fundo, é da proibição que nasce o tráfico", diz ator (Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 18h16.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 18h34.

"Você não precisa usar nem aprovar o uso de drogas para entender que a política de repressão não funcionou".

A fala é do ator Wagner Moura, o mesmo que encarna o megatraficante Pablo Escobar na série Narcos. "Ao reprimir a produção, a venda e o uso de certas drogas, nós apenas entregamos todo esse mercado para o crime", continua ele.

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No mais novo vídeo da campanha "Da Proibição Nasce o Tráfico" idealizado pelo CESEC – Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, Moura une-se a outros artistas - Leandra Leal e Gregório Duvivier -, cientistas, ativistas e policiais militares. "Por causa da proibição, criamos uma guerra no País", provoca Ricardo Boechat.

Outro que já havia se posicionado contra o proibicionismo.

O CESESC já trabalha na campanha desde 2015. Ela conta com os cartuns de Laerte, Angeli e André Dahmer. Cartuns como este, publicado na página oficial da campanha no Facebook:

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Há ainda outras informações relevantes no vídeo publicado no YouTube: "O Brasil é campeão mundial de homicídios. Hoje, nós temos uma das polícias que mais mata e mais morre", diz Gregório Duvivier, outro artista que já se posicionou pela legalização das drogas.

O empresário e apresentador Alê Youssef fala àqueles que são contrários à legalização: "Se você é contra as drogas, o fim da proibição vai diminuir o risco que elas representam, direta ou indiretamente, para a sociedade".

Como? Informa o site oficial da campanha:

"Proibir a produção, o comércio e o consumo de drogas significa jogar no mercado ilegal um negócio lucrativo, que movimenta bilhões de dólares por ano. Ao proibir substâncias cuja demanda é alta, o Estado abre mão de regular esse comércio, que passa a ser controlado por grupos criminosos. Como esses grupos não podem recorrer à Justiça para resolver entraves a seus negócios, usam da violência como método de resolução de conflitos, espalhando o terror e sitiando territórios e seus moradores.

Além disso, o custo de apreensões, subornos, prisões e demais riscos associados a esta atividade torna as substâncias mais valiosas, e o tráfico, cada vez mais lucrativo, uma vez que elevam o preço dos produtos comercializados. Com a proibição, recompensamos os criminosos mais perigosos, que se arriscam mais e utilizam mais violência para traficar drogas ilícitas."

"Nós todos que sonhamos com um País mais justo precisamos entender que, no fundo, é da proibição que nasce o tráfico", encerra a campanha o ator Wagner Moura.

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